Três homens foram presos em flagrante pelo Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), acusados de aplicar o golpe da “falsa central telefônica” e lesar uma vítima do estado de Goiás em R$ 60 mil. As prisões ocorreram na quarta-feira (6), em um posto de combustíveis no bairro Farolândia, na zona sul de Aracaju, após denúncia de que um grupo estaria movimentando grandes somas em dinheiro em um caixa eletrônico.
De acordo com o delegado Érico Xavier, ao verificar a procedência da informação, equipes da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) e do Depatri foram ao local e identificaram três homens com uma quantia significativa em dinheiro, cartões bancários em nome de terceiros e maquinetas de cartão de crédito. “Após entrevista com os suspeitos, parte deles confirmou que estava no local para receber valores provenientes de golpes digitais”, explicou.
Durante os levantamentos realizados, os policiais localizaram uma das vítimas, que reside no estado de Goiás, a qual confirmou por videoconferência que havia acabado de cair no golpe da falsa central bancária. Os suspeitos foram autuados em flagrante e apresentados em audiência de custódia, na qual a Justiça definirá se responderão ao processo em liberdade ou em prisão preventiva”, acrescentou Érico Xavier.
Golpe
O golpe da “falsa central telefônica” consiste em estruturas montadas por grupos criminosos, cujos integrantes entram em contato com as vítimas sob o pretexto de informar supostos débitos ou fraudes em suas contas, conforme explicou o diretor do Depatri, André Baronto. “A partir daí, o golpista começa a solicitar informações e, por fim, induz a vítima a realizar transferências. Esse é o golpe da falsa central”, detalhou.
A melhor forma de combater esse tipo de crime, segundo o diretor do Depatri, é por meio da disseminação de informações sobre o golpe e sobre como os criminosos agem para obter a confiança das vítimas. “Sempre que receber uma ligação com esse tipo de conteúdo, a orientação é desligar o telefone imediatamente e entrar em contato com os canais oficiais da instituição financeira. Nunca se deve continuar a conversa, fornecer dados ou, muito menos, realizar transferências”, alertou André Baronto.
Ainda de acordo com o delegado, é fundamental controlar a ansiedade e o medo, e ligar diretamente para os números informados pelos bancos. “A recomendação é sempre procurar contatos que já estejam salvos, números de telefone presentes no cartão do banco ou na agenda pessoal. Só assim é possível confirmar qualquer situação de forma segura. No caso que estamos apresentando, é possível que os criminosos tenham usado uma técnica que faz com que o número exibido no celular da vítima fosse, de fato, o número do gerente. Por isso, é ainda mais importante não confiar em ligações recebidas. O correto é encerrar a chamada e, em seguida, ligar diretamente para o número salvo”, concluiu André Baronto.
*Com informações Ascom SSP