ARACAJU/SE, 24 de outubro de 2024 , 7:21:00

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Vaqueiro que matou e ocultou corpo de ex-vereador em Poço Redondo é condenado

Do AJN1, Ailton Sousa

 

O vaqueiro Adevaldo de Jesus Hora, foi julgado e condenado a 13 anos de reclusão pelo assassinato e ocultação do cadáver do ex-vereador de Poço Redondo, Manoel Messias dos Santos, o “Messias Galego”, 55, fato ocorrido em junho de 2014, no povoado Santa Rosa do Ermírio. A sessão de julgamento, que durou mais de dez horas, aconteceu nesta quarta-feira (27) no fórum de Poço Redondo e foi presidido pela juíza Patrícia Cunha Paz Barreto de Carvalho.

 

A companheira do ex-vereador, Maria José do Nascimento, a "Nenzinha", 35, que era apontada como mandante do crime, foi executada a tiros na cidade de Umbaúba, meses depois do assassinato. Já outros dois suspeitos de envolvimento na morte do ex-vereador, um deles filho de Maria José, tiveram os processos suspensos por quatro anos.

 

De acordo com o que foi esclarecido pela polícia, depois de ser procurado várias vezes pela companheira da vítima, Adevaldo aceitou a proposta de matar o ex-vereador e em troca receber dez tarefas de terra e uma vaca. No dia 2 de junho, seguindo as orientações de Maria José, ele aguardou o momento em que a vítima se preparava para ir embora da propriedade em uma moto para desferir uma paulada na cabeça.

 

Messias ainda agonizava, quando o vaqueiro e a mulher o arrastaram para o interior do imóvel, onde foi atingido por mais duas pauladas. Em seguida, os acusados enterraram o corpo em um plantação de milho que fica nos fundos da casa da sede da fazenda.

 

Depois que o desaparecimento do ex-vereador foi informado a polícia, Maria José passou a contar versões contraditórias sobre a localização do  companheiro. Em uma delas afirmava que Messias estava em viagem. Com o avanço das investigações, a polícia prendeu Adevaldo, que confessou toda a trama e indicou onde o corpo estava enterrado.

 

A morte do ex-vereador foi motivada pela disputa dos bens, avaliados em mais de R$ 600 mil. Dias depois da prisão, Maria José fugiu do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) mesmo estando algemada na maca. Ela foi morta a tiros em dezembro de 2014, quando estava em um restaurante em Umbaúba.

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