Da redação, AJN1
O corpo do comandante da Companhia Especializada em Operações Policiais em Área de Caatinga (Ceopac), capitão Manoel Alves Oliveira Santos, 42, que foi executado a tiros na noite de ontem (4) nas imediações do trevo de acesso ao povoado Vaca Serrada, está sendo velado no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), localizado na rua Argentina no bairro América, zona oeste da capital.
A informação é que a tarde o corpo segue em carro aberto do Corpo de Bombeiros para um velatório na rua Laranjeiras, no bairro Getúlio Vargas. Antes de deixar o CFAP, o oficial receberá honras militares. Na manhã da sexta-feira (6), acontece acontece o sepultamento na cidade de Porto da Folha, no alto sertão de Sergipe. O capitão Oliveira estava na Polícia Militar há 24 anos e deixa viúva e três filhos.
“Meu irmão não vai virar estatística. Eu quero saber de onde partiu a ordem. Porque meu irmão era combatente do crime organizado”, disse Washington Oliveira, acrescentando que não irá dar sossego a Secretaria de Segurança Pública (SSP) enquanto o caso não for elucidado. De acordo com Washington, o oficial vinha sofrendo ameaças, mas por ser uma pessoa reservada e preservava a família. As ameaças teriam relação com a atuação do capitão no combate ao crime organizado no Sertão.
Formado em Direito, Manoel Oliveira ingressou na Polícia Militar como soldado em 1994. Em 2008, auxiliou na criação do Pelotão de Caatinga. Especialista em ações na área de Caatinga, o oficial participou do treinamento de policiais da Bahia, Pernambuco e Alagoas.
“Policial exemplar. Não temos adjetivos para identificar o profissional de alto nível que foi nesses 24 anos de Polícia Militar”, lamentou a capitão Evangelina de Deus, auxiliar da 5ª Seção da PM.
A oficial lembrou que na noite desta quarta-feira, o capitão Oliveira tinha saído do Ceopac e se deslocava para casa de familiares em Porto da Folha, quando foi vítima de uma emboscado por dois veículos Corolla, que emparelharam e efetuaram vários disparos. O caso está sendo investigado pelo diretor do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), Dernival Eloi.