A cantora Margareth Menezes confirmou, nessa terça-feira (13/12), ter aceitado o convite do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ser a ministra de seu novo governo no Ministério da Cultura, pasta que será recriada após ter sido transformada em secretaria. A declaração foi feita a jornalistas no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde funciona o gabinete de transição. Menezes caracterizou o convite como sendo uma “missão”.
“Foi uma conversa muito animadora para a gente que é da cultura. Nós conversamos e eu aceitei a missão. Recebo isso como uma missão, até porque foi uma surpresa para mim também”, disse a futura ministra. “O presidente disse que para ele é de uma importância muito grande, e que ele está querendo fazer um Ministério da Cultura forte para atender aos anseios do povo da cultura e do Brasil pelo potencial da nossa cultura”, completou.
Mais cedo, a futura ministra esteve no hotel onde Lula está hospedado em Brasília. Questionada sobre a pauta do encontro, disse que se discutiria sobre sobre o Ministério da Cultura.
Margareth era o nome favorito da futura primeira-dama, a antropóloga Rosângela da Silva, a Janja, para a pasta. No último dia 10, a assessoria da artista já havia informado sobre as conversas, mas disse que ainda não havia definição se ela aceitaria.
A artista é primeira mulher escalada da nova gestão. Lula prometeu escolher uma equipe plural em seus ministérios. “Vai ter mulher, vai ter homem, vai ter negros, vai ter índios, ou seja, nós vamos tentar montar um governo que seja a cara da sociedade brasileira”.
A cantora integra o GT de Cultura e é uma das atrações anunciadas para o show da posse, em 1º de janeiro. Ela tem mais de 30 anos de carreira, 10 álbuns e quatro indicações ao Grammy.
Margareth também atua em projetos sociais e de fomento à cultura, como a ONG Associação Fábrica Cultura, criada pela cantora, e é embaixadora do Folclore e da Cultura Popular do Brasil IOV/Unesco. A artista foi reconhecida em 2021 como uma das 100 personalidades negras mais influentes do mundo pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Fonte: Correio Braziliense