ARACAJU/SE, 12 de junho de 2025 , 11:00:24

48% veem exagero em novos impostos propostos por Lula, aponta Quaest

 

Uma pesquisa divulgada na segunda-feira (9) pelo instituto Quaest mostra que 48% dos eleitores consideram que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem exagerado nas propostas de aumento de tributos apresentadas nos últimos meses. Por outro lado, 41% dos entrevistados avaliam que o presidente está “fazendo justiça” ao tentar reequilibrar as contas públicas com medidas tributárias.

As propostas estão em análise na equipe econômica comandada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como alternativa ao fim gradual da cobrança do IOF em operações de crédito. O objetivo é preservar a arrecadação federal e viabilizar as metas fiscais.

O levantamento revela forte correlação entre posicionamento político e percepção sobre os impostos. Entre os eleitores que votaram em Lula no segundo turno de 2022, 63% defendem as medidas do governo. Já entre os eleitores de Jair Bolsonaro (PL), 72% consideram que há exagero.

A avaliação também varia conforme faixa de renda. Entre brasileiros que ganham até dois salários mínimos, 46% aprovam as propostas fiscais, contra 41% que veem exagero. Já entre os que recebem mais de cinco salários mínimos, a crítica predomina: 54% consideram as medidas excessivas e apenas 37% as veem como justas.

A diferença de percepção se amplia entre faixas etárias. Entre os entrevistados com mais de 60 anos, 51% aprovam as ações do governo. Já entre os mais jovens, de 16 a 34 anos, apenas 33% concordam com as medidas, enquanto 56% avaliam que o governo está indo longe demais.

Na divisão por regiões, o Nordeste é o único com maioria favorável às propostas: 46% afirmam que Lula “faz justiça”, enquanto 41% discordam. No Sudeste e no Sul, predomina a crítica: 51% dos entrevistados dizem que o governo exagera nos tributos. A região Sul, aliás, registra a maior diferença negativa (15 pontos percentuais), com 36% favoráveis e 51% contrários às medidas. No Centro-Oeste e Norte, os números são mais equilibrados: 40% veem justiça nas medidas, enquanto 48% apontam exagero.

Fonte: InfoMoney

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