Metade (52%) dos eleitores que afirmam se identificar com a religião católica dizem considerar que o 3º governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é “melhor” que o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Essa taxa oscilou 7 pontos percentuais para baixo desde janeiro, dentro da margem de erro deste estrato da pesquisa, de 3,6 pontos percentuais. Os dados são de estudo do PoderData realizado de 23 a 25 de março de 2023.
Os católicos que declararam preferência pela gestão de Bolsonaro são 34% –taxa que oscilou 1 ponto percentual para cima, desde a última vez em que a pergunta foi feita, em janeiro deste ano. Outros 13% dos entrevistados nesse grupo dizem ter a percepção de que as administrações são “iguais”.
Os eleitores que se identificam como católicos historicamente apresentam maior predileção pelo governo Lula que o eleitorado que se identifica como evangélico. O chefe do Executivo já se encontrou com o papa Francisco, líder da religião, mais de uma vez. Neste mandato, se encontraram em junho de 2023 e trocaram presentes. Mais recentemente, em 14 de março, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, também se encontrou com o pontífice no Vaticano, em Roma.
A comparação com o governo anterior é também mais favorável no eleitorado católico que na população total. Entre os brasileiros em geral, a administração do atual chefe do Executivo é considerada “melhor” do que a de Jair Bolsonaro por 44% –8 pontos percentuais a menos. A taxa negativa, daqueles que consideram “pior”, é 7 pontos percentuais mais alta que dentre os fiéis católicos: 41%.
Ocorreu de janeiro para março uma deterioração da imagem de Lula na comparação com Bolsonaro no eleitorado que se identifica como evangélico. Só 23% declaram ter preferência pela atual gestão, uma queda de 10 pontos percentuais sobre janeiro.
O grupo dos evangélicos que considera Bolsonaro melhor que Lula tem uma curva ascendente há mais de 1 ano. Agora, 56% dizem considerar que o governo de Lula é “pior” do que o do seu antecessor.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados de 23 a 25 de março de 2024, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 202 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro na população total da pesquisa é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.
Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, são mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
Fonte: Poder360
