Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (11) mostra que 93% dos brasileiros repudiam os atos de extremistas que culminaram em vandalismo do Congresso, Palácio do Planalto e STF no 8 de Janeiro, em Brasília. Só 3% são favoráveis. Outros 2% se dizem indiferentes, enquanto 1% não soube responder.
Os números não somam 100% em razão do arredondamento das porcentagens, diz a empresa do Grupo Folha. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
O levantamento ouviu 1.214 pessoas, por telefone, de 10 a 11 de janeiro. Entre os entrevistados que afirmaram ter votado no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), 10% aprovaram os atos de vandalismo.
Também segundo a pesquisa, 46% dos brasileiros acreditam que todos os extremistas envolvidos devem ser presos. Para 15%, a maioria precisa ser punida, enquanto 26% consideram que “só alguns” devam ser enquadrados. Outros 9% declararam que ninguém deve ser detido. E 4% não souberam responder.
A pesquisa também perguntou aos entrevistados acerca dos financiadores dos acampamentos bolsonaristas: 77% dizem que esse grupo deve ser preso; 18% discordam. E 5% não sabem.
O Datafolha perguntou aos entrevistados como cada um enxerga os participantes dos atos: 18% os consideram “vândalos”; 15% os chamam de “terroristas”. Outros 2% os veem como “vagabundos”; 30% deram outras respostas, e 8%, não responderam; 7% usaram a palavra “irresponsáveis”, 5%, “criminosos ou bandidos”, e 3%, de “loucos”, “malucos” ou outros termos semelhantes.
Outros 2% os veem como “vagabundos”; 30% deram outras respostas, e 8%, não responderam; 7% usaram a palavra “irresponsáveis”, 5%, “criminosos ou bandidos”, e 3%, de “loucos”, “malucos” ou outros termos semelhantes.
Invasão ao Três Poderes
Por volta das 15h de domingo (8), extremistas de direita invadiram o Congresso Nacional depois de romper barreiras de proteção colocadas pelas forças de segurança do Distrito Federal e da Força Nacional. Lá, invadiram o Salão Verde da Câmara dos Deputados, área que dá acesso ao plenário da Casa. Equipamentos de votação no plenário foram vandalizados. Os extremistas também usaram o tapete do Senado de “escorregador”.
Em seguida, os radicais se dirigiram ao Palácio do Planalto e depredaram diversas salas na sede do Poder Executivo. Por fim, invadiram o STF (Supremo Tribunal Federal). Quebraram vidros da fachada e chegaram até o plenário da Corte, onde arrancaram cadeiras do chão e o Brasão da República –que era fixado à parede do plenário da Corte. Os radicais também picharam a estátua “A Justiça”, feita por Alfredo Ceschiatti em 1961, e a porta do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
Os atos foram realizados por pessoas em sua maioria vestidas com camisetas da seleção brasileira de futebol, roupas nas cores da bandeira do Brasil e, às vezes, com a própria bandeira nas costas. Diziam-se patriotas e defendiam uma intervenção militar (na prática, um golpe de Estado) para derrubar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Fonte: Poder 360