No Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, a Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) concedeu a Outorga da Medalha Senador Abadias Nascimento a cinco personalidades do Estado que foram reconhecidas pelo enfrentamento ao racismo e luta pela igualdade social.
Foram homenageados e receberam a outorga os seguintes militantes do movimento negro: Flávio nascimento, professor; Ana Ires Santos, pedagoga; Laila batista, jornalista; Maria Angélica Oliveira, Ialorixá e Thaty Meneses, formada em Letras. O evento é uma propositura da deputada Estadual do PT, Ana Lula.
Na ocasião da data, amigos, familiares e ativistas da consciência negra participaram do evento que leva o nome do senador Abadias Nascimento.
Participantes
Para Severo D’Acelino, o evento é uma possibilidade de registrar lutas e avançar em conquistas. “Sem essa renovação não há revisitação. A comunidade se transforma a cada dia. A velocidade da informação hoje é muito grande, e não podemos se dar o luxo de não aproveitar o momento para deixar de falar de lutas e conquistar avanços do povo negro”, avaliou Severo, ativista do movimento negro.
De acordo com Robson Martins, do Grupo Abaô de Capoeira Angola, a consciência negra é um tema de essencial discussão. “Apesar de o Estado brasileiro tentar invisibilizar, a nossa população ainda resiste e persistente em trazer essa data para nossa calendário reivindicando cidadania. Então é obrigação do estado e entes públicos, como a assembleia, trazer essa discussão. E como nesse evento, identificando personalidades que prestaram algum tipo de serviço pra nossa comunidade”, enfatiza.
Segundo Jean de Paula santos, da Comunidade Maloca, primeiro quilombo urbano de Sergipe, data é emblemática. Data não é só importante como emblemática. Há 40 anos existe o movimento negro no Estado, e marca os 130 anos da morte de Zumbi, guerreiro que morreu defendendo as causas sociais contra preconceito, discriminação e xenofobia. E no dia de hoje é essencial reivindicar politica públicas para as populações menos favorecidas, excluídas da sociedade. Precisamos informar aos poder público que temos projetos, organizado e estruturados, afim de beneficiar comunidades que vêm sofrendo anos e anos na pele a exclusão social”, destacou o líder da comunidade Maloca.
Com informações da Ascom/Alese