O senador Alessandro Vieira (PSDB) está em Nova Iorque, nos Estados Unidos, para participar da Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre a Água, que acontece de hoje, 22 a 24 de março. O evento reúne lideranças mundiais, especialistas e organizações para discutir a crise mundial da água e decidir ação conjunta para alcançar os objetivos e metas internacionais acordados sobre o tema, incluindo o que está contido na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
“É crucial definirmos o plano de ação para implementação das metas mundiais para Água e Saneamento, que estão relacionados à saúde, alimentação, subsistência, desenvolvimento, clima e meio ambiente. Na Conferência vamos focar principalmente nas 3 facetas da água: abundância (enchentes e alagamentos), escassez (seca e falta de água) e potabilidade (água imprópria x própria para consumo), temas caros para o Brasil e principalmente para Sergipe, por isso retomamos nosso papel central na discussão”, destaca Alessandro Vieira.
Bilhões de pessoas em todo o mundo ainda vivem sem água potável e saneamento gerenciados de maneira segura, embora o acesso aos dois serviços tenha sido definido há muito tempo como um direito humano. Muitas fontes de água estão se tornando mais poluídas e ecossistemas que provêm água estão desaparecendo. As mudanças climáticas estão impactando o ciclo da água, causando secas e enchentes. Água é um assunto de todos e a Conferência é inclusiva e multisetorial.
“Hoje são 3,6 bilhões de pessoas vivendo sem água potável no mundo. Nesse ritmo, em 2050 serão 5 bilhões. Precisamos trabalhar para garantir a distribuição da água de forma efetiva, justa e democrática. Por isso, aqui na Conferência vamos buscar por uma revisão da agenda com compromissos que possam ser atingidos mas sem perder de vista o tamanho do desafio”, pontua o senador.
Sergipe e a Água
Em Sergipe, os dados são preocupantes, comprovados pelo alto número de reclamações de falta de acesso à água potável. Cerca 10% dos sergipanos, mais de 254 mil pessoas, não tem acesso à água, e 69,5%, mais de 1,6 milhões de sergipanos não possuem coleta de esgoto. A seca também castiga o território sergipano. Em média, ao longo do ano, 30 municípios sergipanos decretam, desde 2017, situação de emergência em decorrência da seca.
“Para nós, o tema da Água é muito sensível, e os problemas que enfrentamos hoje são resultado do acúmulo de erros na gestão da água de Sergipe, principalmente por interferência política. Meu papel como senador é apontar a correção desses erros e garantir investimentos para os projetos”, ressalta.
O principal resultado da Conferência será o lançamento da Agenda de Ação da Água, que representa comprometimentos voluntários de todos os níveis, incluindo governos, instituições e comunidades locais. A Agenda ajudará a mobilizar ação por parte de governos, setores e demais partes interessadas em alcançar os objetivos e metas globais relacionados à água.
Da assessoria de imprensa.