O líder do governo no Congresso Nacional, deputado André Moura (PSC-SE), quer que o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Procuradoria Geral da República (PGR) avaliem as citações sobre o presidente da República Michel Temer e o procurador-geral Rodrigo Janot de forma equivalente, isto é, com as mesmas regras que foram usadas para considerar corretas ou incorretas as provas da delação premiada da JBS.
André acredita que não é possível considerar válidas as provas contra o seu chefe, Temer, e ignorar as menções feitas na nova gravação da dupla Joesley Batista e Ricardo Saud em relação a Janot e sua ligação com o ex-subprocurador Marcelo Miller.
O deputado fez questão de lembrar que o ex-procurador Marcelo Miller – que atuava como braço-direito do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, até março deste ano, e participava da Grupo de Trabalho da Lava Jato – passou a trabalhar no escritório de advocacia que negociou os termos da leniência do grupo JBS com a Procuradoria-Geral da República.
Segundo André, o que não pode é considerarem que as provas valem para incriminar o presidente Temer e os outros citados não. “Ressaltam a ligação próxima de Rocha Loures com o presidente Temer. E Marcelo Miller não era próximo de Janot? Não podem usar dois pesos e duas medidas”.
Ainda conforme o parlamentar, “os últimos fatos mostram que o presidente Temer agiu de forma correta e tudo foi uma armação arquitetada por uma mente diabólica para desestabilizar os três poderes, o Executivo, o Legislativo e até o STF, que não conseguiram. Foram mais de quatro meses de instabilidade provocada por Joesley, que atrapalhou o cronograma de reformas”.
