ARACAJU/SE, 26 de outubro de 2024 , 3:32:58

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André é cotado para lugar de Geddel na Secretaria de Governo

Da redação AJN1

 

O líder do Governo Michel Temer na Câmara, André Moura (PSC-SE), está cotado para assumir o lugar de Geddel Vieira Lima na Secretaria de Governo, e tentar estancar a crise causada pela saída do ministro. O boato começa a se espalhar pelos corredores do Palácio do Planalto, conforme a imprensa nacional.

 

Além de Moura, o nome do secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimento, Moreira Franco, também está sendo avaliado por Temer, além do assessor especial da Presidência, Rodrigo Rocha Loures. Mas ainda não há decisão, mesmo nos bastidores.

 

Geddel pediu demissão ao presidente Michel Temer nesta sexta-feira (25). A informação foi confirmada há pouco pela assessoria de imprensa de Geddel. Na carta, Geddel diz que deixa o cargo por causa do sofrimento da família.

 

"Avolumaram-se as críticas sobre mim. Em Salvador, vejo o sofrimento dos meus familiares. Quem me conhece sabe ser esse o limite da dor que suporto. É hora de sair", diz.

 

A queda de Geddel acontece após o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero dar entrevista alegando que sofreu pressão por parte de Geddel para liberar a construção de um edifício de alto padrão em Salvador. O empreendimento foi embargado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) por estar localizado em área tombada como Patrimônio Cultural da União. Os construtores queriam erguer 31 andares, mas o instituto só autorizou a construção de 13.

 

Na segunda-feira (21), a Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu abrir um processo para investigar a conduta de Geddel no episódio. Por meio do porta-voz, o presidente Michel Temer afirmou que Geddel permanecia no cargo.

 

Na quarta-feira (23), Calero prestou depoimento à Polícia Federal e, segundo a imprensa, teria dito que o presidente Michel Temer o havia "enquadrado" e sugerido uma saída por meio da Advocacia-Geral da União para o caso. Por meio do porta-voz Alexandre Parola, o presidente Michel Temer disse que buscou "arbitrar o conflito" e negou ter pressionado Calero.

 

Apesar do jeito estourado, e por vezes agressivo, Geddel tinha bom trânsito na Câmara, e era bem quisto pelos deputados. Na última terça-feira, líderes da base governista na Câmara foram ao Palácio do Planalto entregar em mãos ao então ministro uma carta de apoio contra as denúncias de Calero.

 

Temer antecipou sua viagem a São Paulo para o início da tarde e vai passar o final de semana em conversas com aliados para tentar definir um nome já para o início da semana, quando há votações importantes no Congresso. Nesta sexta-feira, almoça com a cúpula do PSDB, mas a conversa estaria marcada mesmo antes da saída do agora ex-ministro.

 

André Moura não foi localizado para falar sobre sua cotação para assumir a vaga de Geddel. 

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