ARACAJU/SE, 26 de outubro de 2024 , 3:28:49

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André Moura diz que não conhecia os fatos quando apoiou Geddel

O líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), um dos cotados para assumir a vaga do ex-ministro Geddel Vieira Lima na Secretaria de Governo, disse que a atitude dos 27 líderes da base de sustentação de Michel Temer de entregar uma carta defendendo a permanência do ministro Geddel aconteceu porque "não conheciam os fatos que estão surgindo".

 

"Quando nós, líderes, fizemos aquela carta, por iniciativa nossa, de apoio ao ministro Geddel, era pelos fatos que tínhamos conhecimento até aquele momento. Os fatos novos que estão surgindo, nós não tínhamos conhecimento. Os fatos eram aqueles naquele momento. Naquele momento, a gente não via nenhum motivo para não apoiar a permanência de Geddel. Foram os líderes, o próprio presidente Rodrigo Maia, o presidente Renan Calheiros, todos nós nessa linha", disse Moura ao jornal Folha de São Paulo na sexta-feira (25).

 

André Moura disse também já ter conversado com "quase todos" os líderes de partidos aliados e que eles relataram que vão se manter fiéis ao governo.

 

O parlamentar sergipano disse ter recebido um telefonema de Geddel na noite de quinta-feira (24), na qual ele teria dito que analisaria sua permanência no governo. "Falei hoje com ele por telefone, logo cedo. Ele me ligou cedo para me comunicar que ia entregar a carta para o presidente", disse o líder do governo à Folha.

 

Moura revelou ainda que Geddel decidiu pedir demissão para não causar "instabilidade política" a Temer. "A saída dele é muito mais para preservar o governo, para não criar uma instabilidade política", disse.

 

Demissão

 

Geddel Vieira Lima entregou sua carta de demissão a Michel Temer na manhã desta sexta-feira, depois o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero disse em depoimento à Polícia Federal que o presidente da República o "enquadrou" no intuito de encontrar uma "saída" para obra de interesse do então ministro responsável da Secretaria de Governo.

 

O depoimento havia sido revelado pela Folha de S.Paulo no fim da tarde desta quinta (24) e agravou a crise política que envolve o Palácio do Planalto desde a semana passada.

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