ARACAJU/SE, 29 de novembro de 2024 , 15:37:04

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Ao menos uma criança até 5 anos morreu por dia de covid-19 no Brasil este ano

 

Entre 1° de janeiro e 11 de outubro de 2022, o Brasil registrou uma morte por dia entre crianças de 6 meses a 5 anos diagnosticadas com covid-19. No total, foram 314 óbitos nessa faixa etária no período. Os dados analisados pela equipe do Observa Infância (Fiocruz/Unifase) são os mais recentes do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e compreendem óbitos em que a covid-19 foi a causa básica e aqueles em que a doença foi registrada como uma das causas associadas.

Em 13 de julho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial da vacina Coronavac em crianças de 3 e 4 anos. Dois meses depois, em 16 de setembro, a Pfizer pediátrica foi aprovada pela agência para uso emergencial em bebês e crianças de 6 meses a 4 anos.

No entanto, a imunização de crianças contra a covid-19 avança em ritmo lento no Brasil. Segundo dados do Vacinômetro Covid-19 (Ministério da Saúde) analisados pelo Observa Infância em 28 de novembro, apenas 7 de cada 100 crianças de 3 e 4 anos receberam as duas doses da vacina. Do total de 5,9 milhões de crianças nessa faixa etária, somente 1.083.958 tomaram a primeira dose da vacina contra a covid-19, enquanto 403.858 completaram a imunização com a segunda dose.

“Com vacinas disponíveis, podemos considerar a covid-19 uma doença imunoprevenível. Isso significa que essas mortes podem ser evitadas com uma política pública de vacinação em massa”, afirma a coordenadora do Observa Infância, Patricia Boccolini.

Observa Infância

O Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância) é uma iniciativa de divulgação científica para levar ao conhecimento da sociedade dados e informações sobre a saúde de crianças de até 5 anos. O objetivo é ampliar o acesso à informação qualificada e facilitar a compreensão sobre dados obtidos junto a sistemas de informação nacionais.

As evidências científicas trabalhadas são resultado de investigações desenvolvidas pelos pesquisadores Patricia e Cristiano Boccolini no âmbito do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP), do Centro Arthur de Sá Earp Neto (Unifase), com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Bill e Melinda Gates.

Fonte: Agência Fiocruz

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