Logo depois de aprovar, por unanimidade, uma proposta de um projeto-piloto para incluir a biometria de eleitores no teste de integridade nas urnas no dia da eleição, a cúpula do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) diz que, agora, é “assunto encerrado”. De acordo com relatos feitos à CNN, a avaliação na Corte é a de que, ao atender a demanda das Forças Armadas, o TSE enterrou qualquer possibilidade de questionamentos à segurança do sistema eleitoral brasileiro.
Militares ouvidos pela CNN, também em caráter reservado, disseram ter sido surpreendidos com a votação desta terça-feira (13), mas consideraram a decisão do plenário do TSE “um excelente avanço”. Havia um temor entre integrantes das Forças Armadas de que, por conta da proximidade com o primeiro turno do pleito de outubro, o projeto-piloto não saísse do papel.
Inicialmente, a ideia do presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, era a de fazer uma reunião com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, na manhã desta terça-feira (13), para uma última conversa sobre a proposta dos militares antes de levá-la ao plenário do TSE. Entretanto, diante das notícias de que as Forças Armadas aventaram a possibilidade de realizar uma checagem paralela da apuração dos votos, o encontro foi cancelado.
Entre militares ainda há, no entanto, a expectativa de que aconteça um novo encontro entre Moraes e Nogueira nos próximos dias. O presidente do TSE não tem demonstrado disposição para se reunir novamente com o ministro da Defesa.
Num aceno aos militares, o TSE aprovou em uma votação relâmpago, que durou menos de 15 minutos, uma resolução prevê que o projeto-piloto com biometria será feito num número restrito de urnas, que pode variar de 32 a 64 aparelhos, no universo de 640 equipamentos que já seriam submetidos ao teste de integridade nas eleições de outubro.
A ideia é que os testes sejam realizados em, no mínimo, cinco Estados e no Distrito Federal. A depender de condições logísticas e financeiras, o projeto-piloto pode ser implementado em todo o país. A decisão caberá ao ministro Alexandre de Moraes.
Fonte: CNN Brasil