Após o encontro na Malásia, o governo brasileiro avalia como provável uma nova reunião entre Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro.
Para isso, assessores do governo, que acompanharam o presidente brasileiro na Ásia, afirmam haver margem para uma viagem de Lula aos Estados Unidos em dezembro.
O diagnóstico feito à CNN Brasil é de que é improvável, para não dizer impossível, que Trump compareça à COP 30, em Belém, em novembro, devido ao seu discurso crítico ao aquecimento global.
E lembram que Lula cumprirá uma extensa agenda no mês que vem, tanto de reuniões com lideranças internacionais como com compromissos do evento da ONU (Organização das Nações Unidas).
Por isso, auxiliares do petista afirmam que uma nova reunião deve ocorrer em dezembro, já que tanto Lula como Trump sinalizaram no encontro reservado que pretendem avançar em um acordo comercial ainda neste ano.
O acordo, segundo auxiliares do presidente, envolveria, em um primeiro momento, a suspensão das tarifas de 40%. Para que, então, sejam discutidas contrapartidas, como a redução de impostos a produtos americanos ou a instalação de indústrias para exploração de metais raros no Brasil.
A ideia é de que, antes de dezembro, emissários dos governos brasileiro e americano se reúnam novamente para discutir os termos de um anúncio que poderia ser feito na viagem de Lula aos Estados Unidos.
Na reunião de cerca de uma hora, Lula e Trump trataram rapidamente, de forma superficial, de temas políticos. O brasileiro se colocou como alguém que poderia mediar um conflito com a Venezuela e criticou sanções a autoridades brasileiras.
Segundo relatos feitos à CNN Brasil, Trump demonstrou interesse pela trajetória política de Lula e falaram sobre o período em que o petista permaneceu preso, em Curitiba. Lula fez questão de ressaltar que sempre teve uma boa relação com presidentes americanos, tanto Republicanos como Democratas.
Fonte: CNN Brasil
