Da redação, AJN1
Após repercussão negativa de uma publicação em sua conta no Instagram, neste domingo (16), sobre a morte do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, o ex-vice-prefeito de Aracaju, Sílvio Santos (PT), emitiu nota reconhecendo que houve exageros e pediu desculpas pelo seu gesto. Ele informou ainda que renunciou, em caráter irrevogável, a presidência do Instituto Marcelo Déda.
Na postagem sobre a morte do prefeito de São Paulo, Silvio Santos escreveu: “não sou hipócrita. Já vai tarde o homem cuja maior obra foi humilhar seus semelhantes”. Diante da dimensão que o caso tomou, ele emitiu uma nota onde diz que a “vida toda devotada à luta em defesa dos trabalhadores e dos mais humildes. Indigna-me a barbárie e a truculência com que tradicionalmente são tratados os desvalidos”.
Em outro trecho da nota, o ex-vice-prefeito de Aracaju explica que “movido por grande indignação postei uma mensagem revelando revolta com a ‘beatificação’ de um homem que, como governante, demonstrou total desprezo pelos pobres”. Sílvio santos reconhece ainda o exagero e a infelicidade da sua postagem. “Exagerei e fui infeliz na verbalização dessa indignação, confesso. Assim como os desvalidos moradores de rua de São Paulo, bem como os favelados do Rio de Janeiro ou os despossuídos de todo o Brasil, ninguém, mesmo que seja um insensível governante, merece morrer”.
Sílvio Santos ainda fez um pedido público de desculpas. “Dessa forma, venho a público pedir desculpas a todos que ficaram espantados com a força e a insensibilidade do meu verbo. Peço desculpas especialmente àqueles que me conhecem como moderado e sabem que não sou chegado a arroubos e desumanidades. Estes, certamente, ficaram mais espantados”.
No que se refere ao Instituto Marcelo Déda, Sílvio Santos revelou que como seu gesto acabou respingando na entidade, ele decidiu deixar o cargo. “Reafirmo que não desejo nem me alegro com a morte de ninguém e continuo no meu caminho de luta e solidariedade com os menos favorecidos”.
