Uma multidão se reuniu na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo (21), em um ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em defesa da liberdade de expressão e da democracia. Bolsonaro externou a importância do momento, afirmando que não se trata apenas do futuro individual, mas sim do destino das futuras gerações.
O evento contou com diversas lideranças políticas, iniciando com a saudação do general Walter Braga Netto, candidato a vice-presidente de Bolsonaro nas últimas eleições. Em seguida, o jornalista português Sérgio Tavares, detido pela Polícia Federal (PF) durante a cobertura do evento anterior em São Paulo, dirigiu palavras de apoio à multidão, dizendo que o mundo está ciente dos desafios enfrentados pelos participantes.
Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), exaltou a força da legenda no Rio de Janeiro, apesar de estar proibido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de manter contato com Bolsonaro, devido a investigações relacionadas aos eventos de 8 de janeiro.
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) aproveitou a repercussão internacional do evento para se dirigir ao público em inglês, destacando o compromisso dos participantes com a democracia e a liberdade.
Bolsonaro, já declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), condenou as acusações de planejar um golpe de Estado, classificando-as como fake news. Durante o evento, outros discursos foram proferidos, com ênfase na importância da luta pela liberdade e a crítica à censura e perseguição política.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) agradeceu a Elon Musk pela sua defesa da liberdade no país, enquanto o deputado Marco Feliciano comparou Bolsonaro a Moisés, citando o Êxodo, e repetiu o coro de que a bandeira do Brasil jamais será vermelha.
“Se algo de ruim acontecer comigo, não desanimem”, diz Bolsonaro
Neste domingo (21), em discurso em Copacabana, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que o ‘sistema’ está tentando contra a sua vida.
Segundo ele, trata-se de uma tentativa de consumar o que foi iniciado em 6 de setembro de 2018, quando um ex-filiado do PSOL, Adelio Bispo, tentou assassiná-lo em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Ao falar sobre os últimos acontecimentos no país, Bolsonaro disse que algo de ruim pode acontecer contra ele a qualquer momento, sugerindo não ser apenas uma eventual prisão, mas também algo que possa ser feito contra sua integridade física.
“Se algo de ruim acontecer comigo, não desanimem”, externou o ez-mandatário federal.
Malafaia pressiona por impeachment de Moraes
O Pastor Silas Malafaia subiu o tom do discurso na manifestação deste domingo (21), no Rio de Janeiro, ao criticar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e pressionar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a quem chamou de “frouxo, covarde e omisso”.
“O senhor até aqui é um frouxo, covarde e omisso, envergonha a honra do povo mineiro que o elegeu. O senhor vai ser acusado de prevaricação”, afirmou, mencionado a resistência de Pacheco em pautar a votação do impeachment do ministro Moraes.
O líder religioso, que já havia prometido nesta semana que iria “botar pra quebrar”, ainda fez discurso contra os atuais comandantes das Forças Armadas. “Militares com folha corrida de serviços prestados à nação sendo tratados como delinquentes e com a Polícia Federal na porta deles. Se esses comandantes honram a farda que vestem, renunciem a seus cargos”, afirmou.
Malafaia classificou Moraes como “ditador da toga” e disse que iria provar com as leis que é uma ameaça à democracia, citando artigos da Constituição que garantem a liberdade de expressão e consciência. Afirmou que minuta do golpe “é a maior fake news da política do Brasil. Bolsonaro não propôs golpe de Estado”.
Num aceno à corte, ponderou: “Não vim atacar o STF. A maioria dos ministros não concorda com Alexandre de Moraes. Moraes está jogando o tribunal da lata do lixo”.
Fontes: Conexão Política e Gazeta do Povo
Foto: Entre Nuvens/Bruno Souza