“Não podemos perder a batalha contra um mosquito. O poder público precisa executar ações de combate que incluam campanha de conscientização e ações de campo, mas é preciso que a população faça sua a parte eliminando, em suas casas, reservatórios de água que sirvam como criatórios do Aedes Aegypti”. A fala é do deputado estadual Talysson de Valmir, PL, diante do avanço da dengue este ano em Sergipe.
O parlamentar lembra que este ano a dengue, uma das doenças transmitidas pelo Aedes, já matou 12 pessoas no Estado, podendo o número subir para 13 a qualquer momento, caso se confirme uma suspeita sob investigação. Comentando os dados apresentados nesta quinta-feira (19), no Plenário da Assembleia, pela enfermeira Mércia Feitosa de Souza, diretora em Vigilância e Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Talysson observa que já são 8.658 casos notificados, dos quais, 3.664 já foram confirmados. “O número é alto e exige a ação de todos para que não se transforme em epidemia.
O mosquito Aedes Aegypti gosta de água limpa e parada. Em seu site, a Fiocruz diz que pesquisas realizadas em campo indicam que os grandes reservatórios, como caixas d’água, galões e tonéis (muito utilizados para armazenagem de água para uso doméstico em locais dotados de infraestrutura urbana precária), são os criadouros que mais produzem Aedes aegypti e, portanto, os mais perigosos. Isso não significa que a população possa descuidar da atenção a pequenos reservatórios, como vasos de plantas, calhas entupidas, garrafas, lixo a céu aberto, bandejas de ar-condicionado, poço de elevador, entre outros.
O alerta é para que os cuidados com os reservatórios de maior porte sejam redobrados, pois é neles que o mosquito seguramente encontra melhores condições para se desenvolver de ovo a adulto. Em Sergipe é bastante comum o uso de lavanderias, que precisam ser corretamente higienizadas e cobertas quando não estiverem sendo usadas. “Vale destacar que o processo é rápido. Após a eclosão do ovo, o desenvolvimento do mosquito até a forma adulta pode levar um período de 10 dias. Por isso, a eliminação de criadouros deve ser realizada pelo menos uma vez por semana: assim, o ciclo de vida do mosquito será interrompido”, diz.
O deputado chama atenção ainda para a importância do trabalho preventivo para afastar o Aedes e lembra que a ação eficaz de agora vai refletir positivamente no verão, estação quente que se constitui na condição ambiental favorável para o desenvolvimento do mosquito.
Fonte: Ascom Parlamentar