O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu não manter a Advocacia-Geral da União (AGU) em sua defesa diante de processos na Justiça. Como ex-líder do país, ele tem prerrogativa de continuar contando com a atuação dos advogados públicos.
A decisão acontece por motivos óbvios. O atual chefe da AGU, Jorge Messias, foi subchefe para Assuntos Jurídicos da Presidência da República no governo de Dilma Rousseff (PT) e secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação na gestão da petista, além de ter atuado como consultor jurídico dos ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação. E foi ele quem pediu a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, a pós os atos de vandalismo em Brasília no dia 8 de janeiro.
Para sua defesa em 28 casos, Bolsonaro conta agora com bancas privadas e advogados aliados. Os casos vão desde multas sanitárias por participar de eventos públicos sem máscara durante a pandemia até a apuração dos atos antidemocráticos.
Desses 28 processos, 20 tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), sendo 17 investigações.
Fonte: Diário do Poder