Na véspera do tarifaço de 50% sobre os produtos brasileiros, nessa terça-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil vive um bom momento, que o desafio de quem já foi presidente por três mandatos é “cada vez fazer mais”, o que levará a ficar cada vez mais “esquerdista e mais socialista”.
“A gente pode fazer muito mais coisa do que a gente está fazendo. E esse é o desafio de quem já foi presidente três vezes, porque cada vez mais eu tenho que fazer mais. Significa que cada vez vou ficar mais esquerdista, vou ficar mais socialista, vou ficar achando que a gente pode mais. Porque você vai percebendo que as coisas podem acontecer”, afirmou Lula.
Lula enfrenta um embate com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que justificou uma tributação de 50% sobre a produção brasileira alegando que há uma perseguição da Justiça ao ex-presidente Jair Bolsonaro, principal adversário do petista.
Lula também afirmou que se for derrotado no ano que vem, deixar o governo e “qualquer coisa” voltar a governar o país, o Brasil voltará ao mapa da fome. Durante a reunião do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Lula chorou e afirmou que presidente que deixar a população passando fome deve ser “decapitado”.
“A gente vai mudando aos poucos, mas está longe para mudar. Não é uma coisa fácil. Para a gente poder ter mais liberdade de atuação, você precisa construir mais. A gente, se deixar o governo e entrar uma coisa qualquer nesse país, a fome volta outra vez. Porque não é prioridade. Não deveria ser um compromisso do governo, deveria ser uma obrigatoriedade constitucional. Num governo que tiver alguém passando fome, tem que decapitar o presidente”, afirmou.
Lula afirmou que se “morresse hoje, estaria feliz” porque o Brasil vive um bom momento por “uma confluência de muitas coisas”:
“Não vou morrer agora porque sou apaixonado pela Janja, quero viver 120 anos. Mas vou dizer uma coisa: se eu morresse hoje, eu estaria satisfeito. Eu acho que não é fácil o exemplo que vocês estão dando ao mundo. E não é só por conta do Bolsa Família, o sucesso é uma confluência de muitas coisas. O Brasil vive um bom momento. Se juntar o que estamos vivendo na educação, temos menor taxa de desemprego, temos melhor rendimento do trabalho, maior massa salarial. Nós construímos tanta coisa juntos”, afirmou.
Fonte: O GLOBO