ARACAJU/SE, 25 de outubro de 2024 , 17:32:56

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Celso Amorim é escalado para mediar reunião entre Maduro e presidente da Guiana

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviará o chefe da assessoria especial da Presidência, Celso Amorim, para mediar a reunião, nesta quinta-feira (14), entre o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente da Guiana, Irfaan Ali. O encontro em São Vicente e Granadinas vai discutir a ameaça venezuelana de anexar Essequibo, sob controle guianense. Segundo apurou a Coluna, os Estados Unidos procuraram altas autoridades do governo brasileiro para evitar a escala da tensão na América do Sul.

No último sábado (9), Lula conversou ao telefone com Maduro, com quem tem boa relação, e pediu a ele que evite “medidas unilaterais”. Também ressaltou a crescente preocupação de países da América do Sul com a possibilidade de uma operação militar da Venezuela para anexar Essequibo. Os Estados Unidos também trabalham para conter as tensões sobre reservas de petróleo.

O próprio presidente brasileiro foi convidado para a reunião em São Vicente e Granadinas, país que hoje está à frente da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), mas não vai comparecer por questões de agenda e escalou Amorim. Nesta quinta-feira, Lula vai a Curitiba assinar convênios da Itaipu Binacional.

A tensão entre Venezuela e Guiana é causada por uma disputa territorial centenária pela região do Essequibo. A região hoje faz parte do território da Guiana, mas é reivindicada pela ditadura de Maduro, que fez um plebiscito na semana passada propondo anexar quase 70% do território da Guiana. O local possui reserva vasta de petróleo e é motor para o crescimento econômico do país, o maior do mundo em 2022.

O Palácio do Planalto vê a relação do Brasil com a Venezuela no seu pior momento. Apesar da afinidade com o regime de Maduro, o governo Lula já avisou ao país vizinho que não apoiará qualquer incursão militar sobre a Guiana, muito menos a violação da integridade territorial brasileira para a passagem de tropas.

Fonte: Estadão

 

 

 

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