ARACAJU/SE, 26 de novembro de 2024 , 6:48:14

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“Clube da paz” deve ter EUA, China, UE e Índia, diz Vieira

 

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que o “clube da paz” proposto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para mediar a negociação entre Rússia e Ucrânia deve ter a presença de países que sejam “relevantes” e tenham contato “com os 2 lados”. Ele cita a China, os Estados Unidos, a Turquia, a Índia e a União Europeia como atores que devem estar à mesa junto ao Itamaraty e representantes dos países em guerra.

“O Brasil não quer e não se arvora em ser o negociador da paz e ter a chave para a solução. Nós queremos mobilizar todos, inclusive as duas partes, para que haja um início de conversas que possam levar à paz”, disse o chanceler brasileiro em entrevista publicada pelo jornal português Público neste domingo (23).

Vieira afirmou que o Brasil se qualifica para arbitrar uma solução para o conflito por ter canais abertos com Moscou e Kiev. Ele disse que a posição brasileira é de condenar a violação da integridade territorial ucraniana, mas que não trabalha com a exigência de retirada total das tropas russas para iniciar os diálogos pela paz.

“Nós não temos nenhuma posição apriorística de que está certa a invasão –aliás, porque não está e a condenamos, e porque tem de haver tal ou tal condição. Nada disso. Nós nunca estabelecemos nenhuma condição prévia. O que queremos é que as partes se sentem e discutam possibilidades de paz. Daí para diante, se conseguirmos isso, acho que é uma grande contribuição do Brasil”, afirmou.

Sobre a reação da Casa Branca às declarações de Lula sobre a atuação dos EUA na guerra, o chanceler afirmou que Lula jamais atribuiu o papel de fomentador do conflito ao governo norte-americano. “Ele instou os 2 lados a pararem de falar em guerra e falar em paz. Pode distorcer-se o que se quiser”, disse.

Depois de viagem à China, o presidente afirmou que haveria um incentivo à continuidade do conflito por parte do governo norte-americano, principal fornecedor de armamentos de defesa à Ucrânia.

Fonte: Poder 360

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