Neste domingo (29), mais de 39 milhões de eleitores irão às urnas na Colômbia para o primeiro turno das eleições presidenciais no país. O próximo chefe do Executivo colombiano ficará no cargo entre 2022 e 2026.
Nesta primeira rodada de votação, seis candidatos concorrerão. Caso nenhum deles obtenha maioria simples dos votos, os dois mais votados se enfrentarão novamente em 19 de junho.
Segundo as principais pesquisas de intenção de voto, o sucessor do atual presidente, Iván Duque, deve ser definido somente no segundo turno.
Um levantamento do Centro Nacional de Consultoria, encomendado pelo jornal “Semana” e divulgado no último dia 19, indica o candidato de esquerda Gustavo Petro como favorito no primeiro turno, com 35,8% de apoio.
Ainda de acordo com esta pesquisa, Federico “Fico” Gutiérrez e Rodolfo Hernández, ligados à direita, são os próximos colocados e “praticamente em empate técnico”, com 20,8% e 19,1% dos votos, respectivamente.
Na sequência aparecem Sergio Fajardo, John Milton Rodriguez, Ingrid Betancourt (que retirou sua candidatura na semana passada) e Enrique Gomez.
Pelo fato de o voto não ser obrigatório no país, o Estado concede benefícios aos eleitores que participaram do pleito, como meio dia de folga remunerada e descontos na tramitação do passaporte.
Quem são os favoritos
Líder da esquerda, Petro é reconhecido como ex-membro do grupo de guerrilha M-19 (Movimento 19 de Abril), desmobilizado nos anos 90. O passado militante tornou a vida pública do primeiro colocado polêmica.
Nascido no município de Ciénaga de Oro, no departamento de Córdoba, na costa caribenha, em 1960, entrou para a vida pública ainda jovem, aos 21 anos, como conselheiro municipal, uma espécie de vereador. Foi nessa época também que se aproximou do M-19.
A eleição deste ano é a terceira tentativa de Petro de ocupar a cadeira presidencial. Antes, o candidato foi senador e prefeito da capital colombiana, Bogotá.
Federico “Fico” Gutiérrez
Representante da direita colombiana, Federico “Fico” Gutiérrez concentrou sua campanha na “preservação da democracia e das liberdades”, em pautas relativas à segurança e em críticas a Gustavo Petro.
O mais jovem dos seis candidatos, com 48 anos, foi perfeito da cidade de Medelín antes de se candidatar à Presidência. Terminou seu mandato com 82% de aprovação, segundo a pesquisa Invame.
Nasceu em Medellín, Antioquia, e cresceu em Belén –um bairro de classe média baixa de Medellín. Cursou Engenharia Civil na Universidade de Medellín e é especialista em Alta Direção e Ciência Política na Universidade Pontificia Bolivariana.
Rodolfo Hernández
Com um princípio de vida política repleto de polêmicas, o terceiro colocado nas eleições presidenciais da Colômbia se autodenomina “Engenheiro Rodolfo Hernández”.
Nasceu em Piedecuesta, no departamento de Santander, em 1945, é um empresário na mesma região, localizada no nordeste da Colômbia.
Em 1992 foi eleito vereador, mas, sem nenhuma satisfação, nunca assumiu o cargo. Anos depois, em 2016, foi eleito prefeito, embora não tenha completado o mandato por uma série de sanções disciplinares impostas pela Procuradoria-Geral da Colômbia devido a escândalos. A CNN entrou em contato com os representantes de Hernández sobre os acontecimentos, mas não obteve retorno.
Fonte: CNN Brasil