O empresário e ex-deputado federal Sandro Mabel (União Brasil) superou Fred Rodrigues (PL) nas urnas e foi eleito prefeito de Goiânia neste domingo (27). Coronel Claudia (Avante) assume como vice.
Com 100% das urnas apuradas, Mabel ficou com 353.518 votos, ou 55,53% dos votos válidos. Fred Rorigues teve 283.054 votos, o equivalente a 44,47% dos votos válidos.
Sandro Mabel, 65, liderava pesquisas no 1º turno. Apesar de liderar as pesquisas de intenção de voto que antecederam o primeiro turno, o favoritismo de Mabel não se confirmou nas urnas. Fred Rodrigues (PL) chegou a superá-lo, mas acabou derrotado no segundo embate.
O resultado consolidou ainda a vitória de Ronaldo Caiado, governador de Goiás, sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro. Os apoiadores de Mabel e Rodrigues trocaram farpas durante a campanha política em defesa de seus candidatos.
A abstenção também foi um ponto chave na disputa deste ano. Goiânia é históricamente uma das capitais com maior ausência de votos. No primeiro turno, 28% dos votantes, mais de 290 mil pessoas, não foram às urnas —um número superior ao de votos do primeiro colocado, Fred, que levou 231 mil.
Diminuir esse número era crucial para Mabel. A campanha do União entendia que o eleitor “moderado”, seu alvo nesta eleição, é o mais propenso a viajar ou deixa de votar, enquanto o bolsonarista é mais engajado.
Ele contou com uma ajudinha de Caiado. Para evitar um feriadão ainda mais prolongado em Goiânia, já que a última quinta (24) foi aniversário da cidade, ele transferiu o ponto facultativo do Dia do Servidor de segunda (28) para a próxima sexta (1º), o que deixou a campanha de Fred enfurecida.
Divisão da direita
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou o dia da votação do segundo turno das eleições municipais em Goiás. A eleição goiana ganhou importância pessoal para o ex-presidente, em embate com Caiado, de olho em 2026.
Bolsonaro acompanhou a votação de Fred. Além de Goiânia, foi a votações em Aparecida de Goiânia e Anápolis, onde o PL também tem candidato, e passou a apuração na casa do senador Wilder Morais (PL-GO).
Fonte: UOL