ARACAJU/SE, 26 de outubro de 2024 , 23:24:30

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Com larga vantagem, chilenos rejeitam proposta de nova constituição

 

Conforme as pesquisas de intenção de voto previam, os chilenos que foram às urnas neste domingo (05) votaram majoritariamente para dizer “não” à proposta de nova constituição, produzida com forte viés de esquerda. Segundo a imprensa do Chile, com 99,9% dos votos apurados, a rejeição prevaleceu com uma vantagem esmagadora de mais de vinte pontos: 61,87% sobre os 38,13% da aprovação.

Na noite deste domingo (4), o presidente Gabriel Boric fez um pronunciamento ao país já com a informação da rejeição. “Hoje o povo do Chile falou e o fez em alto e bom som, nos dando duas mensagens: a primeira é que eles amam e valorizam sua democracia e confiam nela para superar as diferenças e seguir em frente”, declarou presidente.

Boric minimizou a derrota ao dizer que “neste 4 de setembro, a democracia chilena sai mais robusta, é assim que o mundo inteiro a viu e reconheceu. Um país que em seus momentos mais difíceis opta pelo diálogo e acordos para superar suas fraturas e dores, e devemos nos orgulhar disso”.

A atual Constituição é vista por parte da sociedade como a origem das desigualdades do país. No entanto, reportagem publicada pela Gazeta do Povo apontou que o texto proposto, tipicamente latino-americano, poderia trazer pobreza e corrupção.

Para acomodar dezenas de ideias à esquerda do espectro político, os constituintes chilenos escreveram um texto extenso, com 388 artigos. Isso é mais que o dobro do número de artigos da atual Constituição do país.

O novo texto, redigido durante um ano por uma assembleia de tendência progressista e com paridade entre homens e mulheres, pretendia declarar o Chile um “Estado social de direito”.

Seus defensores, que se concentram na esquerda e parte do centro, afirmam que a nova Constituição ajudaria a tornar o país “mais justo”, porque consagra um grupo de novos direitos sociais, a principal reivindicação apresentada na onda de protestos de 2019 no país. Os opositores, por sua vez, argumentam que se trata de um texto radical e que não une o país.

Fonte: Gazeta do Povo

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