A CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgou nota nesta quarta-feira (14) em que diz confiar na indicação do ex-ministro Aloizio Mercadante para comandar o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A entidade espera que o banco estatal “desempenhe papel decisivo no apoio à adoção de uma política industrial voltada à Indústria 4.0, à inovação no setor privado, ao aumento da integração internacional da economia brasileira e à transição para uma economia de baixo carbono”.
“Nesse sentido, a CNI confia na capacidade de Aloizio Mercadante, indicado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para presidir o BNDES, de coordenar os trabalhos do maior banco de fomento do país e direcionar os seus esforços para uma atuação focada no apoio ao fortalecimento do setor produtivo e na implementação de estratégias que contribuam para o crescimento sustentado da economia”, completou a confederação.
Na terça-feira (13), o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou que Mercadante presidirá o BNDES no próximo governo. “Eu vi algumas críticas sobre boatos que você vai ser presidente do BNDES. Eu queria dizer que não é mais boato. Aloizio Mercadante será presidente do BNDES. Precisamos de alguém que pense em desenvolvimento, em reindustrializar esse país, inovação tecnológica, na geração de financiamento ao pequeno, médio, grande empresário para que esse país volte a gerar emprego”, disse Lula durante o encerramento dos trabalhos da equipe de transição no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília.
No entanto, especialistas divergem sobre a possibilidade do ex-ministro assumir ou não o cargo, considerando a Lei das Estatais. A medida surgiu para evitar que dirigentes partidários fossem indicados para determinados cargos públicos. Na prática, a ideia é blindar as empresas públicas de possíveis interferências políticas.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, defendeu a indicação de Mercadante para o BNDES. Afirmou que o ex-ministro tem “uma trajetória de interlocução franca e aberta com a indústria e conhece as forças e os desafios de quem produz e empreende no Brasil”.
“O Brasil precisa de uma política industrial moderna, alinhada às melhores práticas internacionais, com investimento em inovação, com ênfase em tecnologias socioambientais sustentáveis, eficiência energética, geração de energias renováveis e digitalização de processos governamentais”, declarou.
Fonte: Poder 360