O governo de Luiz Inácio Lula da Silva está preparando um ato em homenagem à democracia nesta quarta-feira, 8 de janeiro. A data, é claro, não foi escolhida ao acaso, por ser justamente aquela em que, há dois anos, cerca de 4.000 pessoas participaram do mais grave ataque perpetrado contra as instituições desde o fim do regime militar com o objetivo de depor o novo governo eleito democraticamente.
Em alusão ao ocorrido, o governo federal organizou uma cerimônia que acontecerá no Palácio do Planalto e cercanias, e que contará com a presença do presidente Lula, além de autoridades dos três Poderes, integrantes do Ministério da Cultura (MinC), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Embaixada da Suíça, além de movimentos sociais.
Dividido em quatro momentos, o ato incluirá a entrega de obras de arte restauradas no Palácio da Alvorada e na Suíça, além da “reinauguração” do quadro ‘As Mulatas’, de Di Cavalcanti, e um ato simbólico na Praça dos Três Poderes.
Com início previsto para as 9h30, o primeiro momento será na Sala de Audiências do Palácio do Planalto. Lá, será feita a reintegração do relógio do século XVII e ânfora, tidos como símbolos da dificuldade e delicadeza dos reparos. O relógio foi consertado na Suíça sem custo para o governo brasileiro. Também será comunicado o fim do processo de restauro, com a entrega de 21 obras restauradas no Palácio da Alvorada e o relógio, na Suíça.
O segundo momento ocorrerá no terceiro andar do Palácio do Planalto, às 10h30. Além da reinauguração da obra de Di Cavalcanti, cinco alunos do Projeto de Educação Patrimonial entregarão ao presidente Lula réplicas que produziram da ânfora e de As Mulatas.
Com a presença de autoridades, o terceiro momento acontecerá no Salão Nobre do Palácio do Planalto, às 11h. E, por fim, o quarto momento será o “Abraço da Democracia”, na Praça dos Três Poderes, com participação de Lula, que descerá a rampa do Planalto com as principais autoridades para um encontro com o público presente.
Fonte: VEJA