Eleito para o comando da Frente Parlamentar Evangélica (FPE) do Congresso Nacional, o deputado Gilberto Nascimento (PSD-SP) tem 68 anos, é ex-delegado e construiu uma vida embasada na religião. Ele é ligado à Assembleia de Deus e formado em teologia pelo Instituto Teológico Pentecostal do Brasil.
O deputado iniciou na vida política em 1982 e, de acordo com ele, a convite da igreja. “Na época, havia grande resistência e preconceito sobre a participação de evangélicos na política”, afirma.
Naquele ano, foi eleito vereador de São Paulo, cargo que ocupou por três mandatos. Um de seus projetos foi para excluir os cultos religiosos da fiscalização da Lei do Silêncio.
Foi também duas vezes deputado estadual. Na Assembleia Legislativa, foi autor da lei que proibiu a venda de bebidas alcoólicas em estádios de futebol, aprovada na intenção de reduzir a violência nesses espaços. Ele está no terceiro mandato como deputado federal.
Nascimento se envolveu em alguns escândalos políticos. Ele foi apontado, em 2006, por suposta participação no Mensalão e, em 2007, foi indiciado pela Polícia Federal (PF) no escândalo das Sanguessugas, que mirou um suposto esquema de corrupção que desviou recursos para a compra de ambulâncias. A acusação, porém, não foi comprovada.
Em mais de 40 anos de carreira política, circulou por seis partidos: PMDB (atual MDB), PSB, PSDC, PSC, Podemos (que incorporou o PSC em 2023) e PSD, sigla em permanece atualmente.
Nascimento foi eleito na noite de terça-feira (25), em uma disputa dividida para a liderança da bancada evangélica, e tomou posse na manhã desta quarta-feira (26). Ele, que teve ao seu lado aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), recebeu 117 votos para um mandato de dois anos.
Fonte: O TEMPO
