A Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos de curto alcance, nesta sexta-feira (28), segundo militares sul-coreanos. Este foi o mais recente de uma série de testes de armas que podem culminar em um teste nuclear, de acordo com Washington e Seul.
Esses lançamentos coincidem com o fim de 12 dias de exercícios navais anfíbios da Coreia do Sul com Estados Unidos e ocorrem alguns dias antes do início dos exercícios aéreos, na segunda-feira, que mobilizarão mais de 200 aviões de combate dos dois países.
Essas iniciativas enfurecem o regime liderado por Kim Jong-un, que as considera exercícios para uma eventual invasão e muitas vezes responde com “contramedidas” como esses tiros.
Os militares sul-coreanos disseram que “detectaram dois mísseis balísticos disparados da área de Tongchon de Gangwon “, referindo-se a uma província na costa leste da Coreia do Norte.
“Nossos militares aumentaram o monitoramento e a vigilância e permanecem em total prontidão em estreita coordenação com os Estados Unidos”, disse o Estado-Maior Conjunto em comunicado.
Com as negociações na península paralisadas há muito tempo, as tensões aumentaram este ano devido a uma série de testes militares do país liderado por Kim Jong-un, que recentemente declarou seu status de potência nuclear “irreversível”.
Na terça-feira, o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, disse que o Norte estava se preparando para seu sétimo teste nuclear.
– Parece que eles já completaram os preparativos para seu sétimo teste nuclear – disse ele durante um discurso parlamentar. Na quarta-feira, Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul alertaram que tal teste seria recebido com uma “resposta de força sem precedentes”.
Este mês, a Coreia do Norte disparou várias rodadas de artilharia em uma “zona de amortecimento”, na fronteira marítima que os dois países concordaram, em 2018, manter fora de exercícios militares.
Por sua vez, Seul intensificou as manobras militares e exercícios conjuntos nas últimas semanas com Japão e Estados Unidos, que instalou um porta-aviões movido a energia nuclear na península.
Fonte: O Globo
