ARACAJU/SE, 23 de novembro de 2024 , 23:02:28

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Corpo da ex-senadora Maria do Carmo será sepultado às 16h no Cemitério Colina da Saudade

 

Será sepultado neste domingo, às 16h, no Cemitério Colina da Saudade, o corpo da ex-senadora Maria do Carmo do Nascimento Alves, 83. Dona Maria, como era carinhosamente chamada, faleceu na noite desse sábado, 31, no Hospital São Lucas, em Aracaju, onde estava internada desde segunda-feira, 26.

Maria do Carmo do Nascimento Alves nasceu em Cedro de São João (SE), no dia 23 de agosto de 1941. Filha de João Batista do Nascimento e de Marinete Alves do Nascimento. Formou-se em direito pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) em 1966.  Viúva do ex-governador João Alves Filho, deixa três filhos: João Alves Neto, Ana Maria e Maria Cristina, e quatro netos.

Política – Casada com João Alves Filho (1941-2020), um dos mais brilhantes políticos do Brasil, Dona Maria acabou por ingressar na política, até mesmo pelo reconhecido trabalho social que já desenvolvia ao lado do marido que, dentre outros cargos foi prefeito de Aracaju e governador do Estado. Assim, nas eleições de outubro de 1998, elegeu-se senadora por Sergipe na legenda do PFL. Tomou posse em fevereiro de 1999. Foi a primeira mulher eleita senadora pelo estado de Sergipe e a primeira mulher no Senado Federal a cumprir três mandatos consecutivos de 1999 a 2023. Antes, em 1996, ela obteve o terceiro lugar na disputa pela prefeitura de Aracaju, em sua primeira disputa eleitoral.

Foi reeleita nas eleições em 2006 e em 2014.  . Em 2019, ela ajudou a fundar a bancada feminina no Senado, assinando o projeto de resolução que a estabeleceu no Regimento Interno da casa (PRS 36/2021). Nos últimos dois anos de seu mandato, Maria do Carmo foi a decana do Senado e decidiu não concorrer à reeleição em 2022, optando pela aposentadoria da vida pública.

Durante seus mandatos no Senado, Dona Maria, conforme Dr. João Alves assumia cargos no executivo como Governador e Prefeito, Dona Maria  revezava funções atuando no senado e nas Secretarias de Assistência Social junto a comunidades carentes, realizando periódicas distribuições de alimentos e cestas-básicas em comunidades carentes, bem como a viabilização de exames preventivos de câncer cervical em mulheres. Deste modo, o portfólio eleitoral dela sempre é a ajuda pontual a famílias carentes.

Aclamada carinhosamente como Dona Maria pelo povo sergipano, Maria do Carmo sempre se destacou não apenas pelos cargos que ocupou, mas também pelo seu comprometimento com os mais necessitados. Sua trajetória política começou a se delinear desde o primeiro mandato de João Alves Filho como prefeito de Aracaju (1975-1979).

Em Sergipe, o nome de Maria do Carmo evoca imediatamente, dentre outros feitos, o carinho e a eficácia do ‘Pró-Mulher’. Este programa, trouxe uma revolução de esperança e cuidado, com uma unidade móvel que viajava pelos recantos mais isolados do estado, levando consultas preventivas de saúde e atenção às mulheres que mais precisavam.

Idealizado e realizado pela ex-senadora durante o primeiro mandato de João Alves Filho, o ‘Pró-Mulher’ não foi apenas uma inovação; foi um verdadeiro ato de amor e compromisso. O projeto começou a transformar vidas e, com o tempo, estendeu seu abraço para incluir a saúde do homem, evoluindo para o “Pró-Mulher…Pró-Família”.

A generosidade e a visão de Dona Maria e Dr. João foram reconhecidas mundialmente, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) prestou homenagem à iniciativa. O reconhecimento veio com um prêmio que possibilitou a construção da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes em Aracaju. A ONU destacou o programa como um exemplo de política pública voltada para a saúde da mulher e da família, capaz de ser replicado com sucesso em outras partes do mundo. O legado de Maria do Carmo transcende fronteiras, mostrando que seu amor e dedicação à causa da saúde e do bem-estar continuam a inspirar e a tocar vidas ao redor do mundo.

 

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