A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura os atos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) aprovou o requerimento extra-pauta para a convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa, nesta terça-feira (1º).
O deputado Nilto Tatto (PT-SP) relembrou a articulação para não chamar Rui Costa na última reunião do colegiado antes do recesso parlamentar, no dia 12 de julho. “Praticamente está acabando o prazo de funcionamento da CPI. Ela não conseguiu demonstrar nada de concreto agora, como de fato as outras quatro CPIs que foram criadas para apurar o MST também não chegaram a nada”.
“A tentativa de convocar o ministro Rui Costa, aqui para esta CPI, mostra claramente que a intenção dos parlamentares que coordenam a CPI, e que são maioria, é atacar o governo para intimidar”, criticou Tatto, ao ser anunciado o requerimento.
O autor do pedido e relator da comissão, Ricardo Salles (PL-SP), justificou o pedido para chamar Rui Costa para prestar explicações com um “incremento no número de invasões de propriedade e destruição do patrimônio público e privado no país”.
Salles argumentou que o governo seria “conivente” com as ações do MST, “seja por se associar a seus líderes, seja por indicar gestores, em vários níveis, ligados àqueles que promovem invasão”.
“Não sem razão, o presidente da República se fez acompanhar, em viagem oficial à República Popular da China, do sr. João Pedro Stedile”, afirma um trecho do documento. “Não sem razão, nomeou para vários cargos no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) pessoas ligadas às invasões, bem como nomeou como ministro o Sr. Rui Costa, que, durante seu mandato como governador do Estado da Bahia, não empreendeu esforços para impedir atos de invasões de terra, nem para garantir a propriedade privada”, completou.
Fonte: Correio Braziliense