Da redação, AJN1
Após declarar apoio velado à candidatura de Valadares Filho (PSB) ao governo de Sergipe no segundo turno das eleições, o senador eleito pela Rede Sustentabilidade, delegado Alessandro Vieira, que teve mais de 470 mil votos, disse que não vai apoiar nem Jair Bolsonaro (PSL) nem Fernando Haddad (PT) para a presidência da República. Em nota divulgada à imprensa, Alessandro diz que os projetos de ambos representam uma ameaça à democracia.
“As alternativas que restaram na disputa, Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, estão muito distantes do ideal de projeto para a ocupação do mais importante cargo da República. Acredito, inclusive, que os dois projetos representam por motivos distintos um risco considerável para democracia brasileira. As respectivas campanhas, baseadas no “nós contra eles” e na desinformação do eleitor com a massificação de fake news, são indutoras de um clima de confronto não de ideias, mas de pessoas”, disse.
De acordo com o delegado, Jair Bolsonaro, ao longo da sua carreira política, acumulou dezenas de manifestações de caráter preconceituoso e ofensivo para grupos sociais específicos e por consequência para todos os cidadãos cientes da importância essencial do respeito aos direitos individuais abrigados na Constituição Federal. “Essa postura acaba validando, de forma consciente ou não, a ação dos diversos grupos de ódio latentes em qualquer sociedade. É perceptível o baixo apreço ao diálogo e conciliação, característica básica de uma liderança democrática”.
Por outro lado, afirma ele, o projeto materializado na figura de Fernando Haddad também representa uma ameaça cristalina para a normalidade democrática. “Primeiro, porque o próprio candidato nada mais é que representante de uma cúpula partidária já reconhecida e condenada como organização criminosa. Não existe ilusão neste ponto: Haddad é um candidato à Presidência que recebe ordens de uma cela em Curitiba”.
E sentencia: “É evidente que existe um risco nesta escolha. Como disse, é um voto absolutamente realista dentro das alternativas disponíveis. Estarei a todo tempo, na condição de senador da República, na luta pela manutenção da democracia e dos direitos dos grupos mais vulneráveis, na mesma medida em que estarei na frente de batalha pelo combate à corrupção e pela modernização do Estado. Aceito com tranquilidade as críticas, que certamente virão em torrente. Respeito a opinião de todos, mesmo aquelas manifestadas com a falta de equilíbrio típica dos apaixonados”.