Da redação, AJN1
A Polícia Civil, por meio do Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap), está investigando, a pedido do Ministério Público Estadual (MPE), supostos desvios de verbas públicas na Prefeitura de Itabaiana, cujo montante pode chegar a R$ 3 milhões.
A investigação, coordenada pela delegada Thaís Lemos, aponta que o prefeito Valmir Santos Costa, o “Valmir de Francisquinho”, e três assessores do setor de finanças teriam montado um caixa exclusivo para recolher tributos do IPTU e o ITBI, sempre pagos em espécie pelos contribuintes. O procedimento correto é receber os impostos via agência bancária.
O prefeito e os assessores foram indiciados pelo crime de peculato e o inquérito policial encaminhado ao Judiciário.
Defesa
O advogado de defesa do prefeito, Evânio Moura, disse à imprensa que respeita a investigação, mas discorda. Segundo ele, há um equívoco na conclusão dos argumentos da delegada Thaís Lemos e que a “defesa sustenta com veemência de que não houve qualquer tipo de desvio ou perda na arrecadação tributária”.
Problemas com a Justiça
O prefeito Valmir de Francisquinho já havia sido investigado em outras situações e, inclusive, ficou preso de novembro de 2018 a março de 2019, após desdobramentos da operação “Abate Final”, que investiga um suposto esquema de desvio de quase R$ 2 milhões da Prefeitura em taxas recolhidas no matadouro da cidade.