A bancada do Partido dos Trabalhadores e a oposição decidiram pela obstrução política na Câmara dos Deputados, até que seja colocada em pauta a Medida Provisória 1000/2020, que trata da redução do valor do auxílio emergencial para R$ 300. O objetivo é forçar com que se paute a MP para que os deputados, que aprovaram o valor inicial do auxílio, derrubem essa atitude do governo Bolsonaro, uma vez que o país ainda está imerso na pandemia. O deputado federal João Daniel (PT/SE), em pronunciamento na sessão remota desta terça-feira (6), reafirmou que é inaceitável essa redução.
“Vivemos uma pandemia, uma grande crise e não podemos aceitar que a família de um trabalhador ganhe menos do que R$ 600. A oposição e nossa bancada defenderam R$ 1,2 mil e sabemos que Bolsonaro não discutiu o auxílio no início da pandemia. Depois de um grande debate e pressão do Congresso Nacional, ele topou discutir R$ 200 e nós – a oposição e PT – lutamos e conseguimos aprovar R$ 600”, relatou o deputado. Portanto, para ele, neste momento não é aceitável diminuir este valor do auxílio emergencial, pois o desemprego não tem recuado no país.
João Daniel alertou ainda que não está se tratando de pouca coisa quando se aborda esta questão, mas de um projeto em curso no Brasil, iniciado no governo Temer, no golpe contra a democracia que tirou direitos e levou milhões de brasileiros e brasileiras ao desemprego. “E Bolsonaro é a continuação do modelo perverso da economia, que não contribui com a economia nacional e a geração de emprego. Por isso nossa defesa é o auxílio não diminuir de R$ 600 para R$ 300 como fez o governo federal, para o bem e a dignidade do povo pobre, desempregado e trabalhador brasileiro”, acrescentou.
O deputado João Daniel é autor da emenda modificativa nº 9 à Medida Provisória 1000, que instituiu o auxílio emergencial residual até 31 de dezembro, fazendo com que essas quatro parcelas mensais sejam pagas no valor de R$ 600. “Continuar recebendo o valor do auxílio que foi aprovado na Câmara e no Senado, sem nenhuma redução, é o mínimo necessário para que essas pessoas vivam com dignidade”, destacou.
Fonte: Assessoria de Imprensa