Depois de acompanhar a exposição do secretário de Estado da Fazenda, Josué Modesto dos Passos Subrinho, sobre o resultado do cumprimento das metas fiscais do Governo do Estado, relativo ao terceiro e último quadrimestre do ano de 2016, o deputado estadual Antônio dos Santos (PSC), avaliou como “sombrio” o quadro anunciado pelo auxiliar do governador Jackson Barreto (PMDB).
“Pelo relato do secretário, nós vimos que o Estado terminou 2016 num quadro extremamente sombrio. Ele falou de 63% de comprometimento em despesas com pessoal e encargos. Isso tira do Estado a condição de investir. Ele falou em apenas 5% de investimento. Se é uma obrigação do governo de prover segurança para a população, como vão contratar mais efetivo se já ultrapassaram o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal?”, questionou o deputado da oposição.
Antônio dos Santos destacou que o cenário apresentado pelo secretário mostra uma perspectiva dos salários continuarem atrasados ou fatiados, com o Estado sem condições de atender as demandas da população e sem garantir tranquilidade para aposentados e pensionistas. “Não se houve nenhuma notícia boa de melhoria. Não dá para fazer qualquer projeção otimista”.
O parlamentar lembrou que o governo de Jackson Barreto já usou parte dos depósitos judiciais e recursos da repatriação. “Isso deu um alívio nas contas, mas para este ano de 2017 não há sinal de que nada vai aparecer para ajudar. Os royalties estão caindo e o governo não tem atividade econômica. Não há uma alternativa para este quadro sombrio. Não se tem perspectiva de emprego nem para o público e nem para o privado”.
Para Antônio dos Santos a crise na Previdência Estadual não tem relação com as reformas do governo de Michel Temer (PMDB), como alega o deputado Francisco Gualberto (PT). “Este governo está no Poder a nove meses. Se for para culpar alguém, que tal culpar os 13 anos dos governos do PT? Esta gestão pegou o país no fundo do poço”.
O parlamentar acrescentou que “se estão achando ruim que aqui em Sergipe está sendo difícil governar com essa crise, então larguem o osso e passem para os outros! É por isso que a alternância de poder é importante para a democracia. O que está acontecendo agora foi anunciado antes e com riqueza de detalhes. Mas o governador dizia que a gente era pessimista e que o Estado era viável, que estava bem. Infelizmente, não apenas por aqui, mas em todo o País, não se tem a cultura de planejamento estratégico, de médio e longo prazo”, finalizou.
*Com informações Agência Alese
