O deputado estadual Georgeo Passos (REDE), líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa de SErgipe (Alese), se pronunciou sobre as declarações do governador Belivaldo Chagas (PSD) na imprensa, onde levanta a possibilidade do arredamento da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) por até 20 anos.
Em pronunciamento na Alese, o parlamentar lembrou que o tema já foi tratado à exaustão na legislatura anterior e chegou a exigir em plenário dois áudios do governador sobre o assunto, além de uma fotografia de um ato do Executivo, ainda com JB a frente, em fevereiro de 2018, onde os também deputados Francisco Gualberto (PT) e Zezinho Guimarães (MDB) acompanham o ato de assinatura de um termo de compromisso onde o governador dizia que não tinha mais interesse no processo que estava em tramitação com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“O objetivo dessa parceria seria a desestatização dos serviços prestados pela Deso. Graças à pressão da sociedade e dos trabalhadores o governo optou por recuar e desistiu do PMI. Quando a gente pensava que este assunto estava sepultado, vem o governador Belivaldo e demonstra algo diferente, em retomar esse processo com o BNDES”, disse o deputado.
Georgeo Passos exibiu dois áudios onde o governador deixar no ar a possibilidade de arrendamento da empresa por 20 anos. “Eu posso arrendar por 20 anos e depois isso volta para o poder público naturalmente. Eu vou retomar esse PMI e não há quem impeça”, diz Belivaldo.
O parlamentar avalia que o governo está preparando a empresa para dizer que ela é inviável e que presta um péssimo serviço à sociedade. “A solução do governador para a Deso é o arrendamento! Ele está quebrando uma palavra quando foi dito que não ia mexer na situação da Companhia. Esta Casa não pode virar as costas e precisa ouvir a empresa, já que o governador não quer dialogar com os deputados”
Em aparte, o deputado Iran Barbosa (PT) ressaltou que quando o governador declara a possibilidade de arrendamento da Deso, ele está “assumindo a incompetência em gerir a coisa pública. Por que o poder público não assume isso? Não podemos permitir que isso aconteça”, concluiu.
*Com informações Rede Alese