O deputado estadual Georgeo Passos (Rede Sustentabilidade) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (13), para repudiar o reajuste salarial de 16,38% reivindicado pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e pelos procuradores da República. O parlamentar entende que o momento foi completamente inadequado e que a maioria dos trabalhadores brasileiros está sofrendo em decorrência de uma minoria e que o reajuste em questão tem “efeito cascata”.
“O País vive um momento bastante delicado, onde o cidadão não confia mais em boa parte da classe política, e o Judiciário parece que perde o pouco o tom nesse momento de crise que vive o País. Todos os servidores públicos têm direito de lutar por sua recomposição e por reajustes anuais, mas infelizmente estamos percebendo que, tirando os grandes poderes, a raia miúda não conseguiu nem no governo de Michel Temer (MDB)”, disse o deputado.
Georgeo Passos pontuou ainda que as gestões de Jackson Barreto e Belivaldo Chagas também não apresentaram nada voltado para a recomposição da inflação ou de perdas salariais. “Os governo sempre dizem que não têm dinheiro, mas percebemos que os ministros do STF perderam o tom solicitando um reajuste de 16,38%. Nenhuma categoria de trabalhadores conseguiu reajuste nos últimos quatro anos”.
Em seguida o deputado disse que os ministros estão alegando que seus salários estão defasados, sem contar o auxílio-moradia de R$ 4 mil. “Para ser justo nem todos os ministros foram a favor do reajuste e a decisão vai atingir como efeito cascata outros setores do Judiciário. O STF é o teto do funcionalismo público. Aprovam por resolução aumentando esse salário lá em BSB e o impacto dessa decisão é de R$ 4 bilhões”.
“Enquanto o governo federal congela os salários dos servidores públicos, os ministros do STF vão na contramão da história, assim como os membros do Ministério Público Federal, que também aprovou o reajuste de 16,38%. O argumento para os trabalhadores é que não têm dinheiro suficiente para a concessão, mas tem para suportar esse reajuste para juízes e desembargadores. O momento é tão ruim, de equilíbrio fiscal, de poucos recursos para investimentos, e agora ainda teremos que retirar do orçamento recursos para manter os membros do poder judiciário”, completou o deputado, repudiando a ação dos ministros do STF.
Fonte: Agência Alese