ARACAJU/SE, 1 de novembro de 2024 , 3:30:45

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Deputados divergem sobre vídeo divulgado por médico

 

O líder do governo na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), deputado estadual Zezinho Sobral (PODE), ocupou a tribuna, nesta terça-feira (21), para comentar o vídeo exposto pelo líder da oposição, deputado Georgeo Passos (Cidadania 23), sobre a qualidade do fio utilizado para suturar uma cirurgia de cesariana, em uma unidade de saúde de Sergipe.

Georgeo Passos pediu providências à Secretaria de Estado da Saúde (SES). Já Zezinho Sobral disse que identificou o autor do vídeo como o ex-secretário-adjunto de Saúde do Estado, Luís Eduardo Correia. “Quando fui secretário de Saúde abrimos os olhos para muitas questões e a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes atendia em torno de 300 atendimentos e nós elevamos para uns 500 aproximadamente”.

Em seguida, Zezinho disse que Maternidade foi acreditada e passou a ser de excelência, como uma das melhores do Brasil, com nove obstetras de plantão diuturnamente, cerca de 400 enfermeiras e técnicas de enfermagem, além de uma centena de médicos. “Conseguimos reduzir os partos prematuros e entre a mortalidade temos uma das menores médias do Brasil. Todos os fios de sutura são adquiridos através dos processos de licitação e pregões”.

O líder do governo pontuou que por se tratar de material orgânico, todos os fios são conservados em um saquinho líquido para que sejam mantidos úmidos. “Na condição do vídeo é como se os fios não ficaram acondicionados da forma correta. Fornecemos para toda a rede pública e apenas um médico registrou o vídeo, chegando a ser desrespeitoso com o paciente. E por que não registrou o Boletim de Ocorrência ou formalizou uma reclamação na Comissão?”, questionou.

Por fim, Zezinho Sobral disse que o comportamento do médico não foi o correto e que, pelo o que ele conhece do profissional em questão, o mesmo teria feito um “estardalhaço” na unidade. “Me admira Luís Eduardo não tem feito nenhum ruído, não ter tomado nenhuma providência como médico. Conheço ele e acho que teria tido outra reação”, disse, assegurando que o secretário de Estado da Saúde virá à Alese e poderá esclarecer o caso para os parlamentares.

Outro lado

Por sua vez, o deputado Georgeo Passos disse que mais importante em tentar descobrir se o médico agiu corretamente ou não gravando o vídeo, é preciso apurar a suposta deficiência do Estado. “Se um médico criou um fato, ele deve ser responsabilizado! Mas a informação é que os fios utilizados tinham acabado de chegar da farmácia no centro cirúrgico”.

O parlamentar disse que a equipe médica deve ter utilizado uns oito pacotes de fios e que o vídeo não foi “peça de ficção”. “Me pareceu ser algo real e entendo a reação do líder em defender o governo, mas nada justifica o que aconteceu até porque existe um departamento específico para fiscalizar o material que chega. A gente vai pedir aos membros da Comissão de Saúde que aprovem um requerimento convidando o médico Luís Eduardo para que ele venha à Alese expor o que viu e a gente possa encontrar uma solução. Não foi a primeira vez que isso aconteceu”.

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