Políticos com mandatos, com exceção para dos que ocupam cargos majoritários – senadores, governadores e prefeitos e presidente da República – tem até hoje para mudar de partido sem que haja punição. Aproveitando a janela partidária, em Sergipe, mudaram de sigla nos últimos dias os deputados estaduais Goretti Reis e Augusto Bezerra, que deixaram o Democratas (DEM), e passaram para PMDB e Partido Humanista da Solidariedade (PHS), respectivamente.
Quem também aproveitou para alçar voos em outro partido foi o deputado federal Adelson Barreto, que sai do PTB e vai para o Partido da República (PR). Na Câmara Municipal de Aracaju também ocorreu mudanças. O vereador Ivaldo José ingressou no PRTB, enquanto Agamenon Sobral foi para o PHS.
Dos partidos com representação na Câmara Federal, o que mais perdeu representantes nesse período foi o Partido da Mulher Brasileira (PMB), criado recentemente. A legenda teve o funcionamento autorizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em setembro do ano passado. Na época, cerca de 20 deputados aderiram. Hoje, a janela partidária acabou causando uma curiosidade: apenas um deputado, Weliton Prado (MG), permanece no PMB.
Por outro lado, quem mais ganhou deputados federais nesse período foi Partido da República, conhecido por sua postura mais tradicional, alinhada politicamente mais ao centro-direita. Nove deputados migraram para o partido.
A mudança de partido influencia na formação das comissões temporárias e permanentes, que são montadas com base na proporcionalidade. A Comissão Especial do Impeachment, por exemplo, chegou a ter as vagas definidas em dezembro, mas os cálculos precisaram ser refeitos pouco antes da instalação da comissão nessa quinta-feira (17), já com base na nova distribuição parlamentar na Casa.
*Com informações da Agência Brasil