ARACAJU/SE, 23 de novembro de 2024 , 23:46:11

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Desnutrição entre crianças indígenas cresceu em 2023, primeiro ano do governo Lula; educação permanece precária à população negra

 

A nova edição do Observatório das Desigualdades, lançada na terça-feira (27) pelo movimento Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades, que reúne mais de 200 entidades, mostra dados que apontam para o cenário de desnutrição infantil entre crianças indígenas e a estagnação da escolarização entre crianças e jovens negros no Brasil.

O levantamento mostra as disparidades em áreas como renda, educação, acesso a transporte, violência urbana e mudanças climáticas, mostrando como diversos grupos étnicos e de gênero vivem realidades muito diferentes. Entre 2022 e 2023, é dito que a desnutrição aumentou 16,1% entre meninos indígenas até 5 anos e 11,1% entre meninas da mesma faixa etária, enquanto a taxa de escolarização no ensino superior entre homens negros permaneceu em cerca de metade da registrada entre brancos.

Apesar de tímidas melhorias, como o aumento na frequência de crianças de 0 a 3 anos em creches, as desigualdades persistem. A menor taxa de crescimento na cobertura foi observada entre meninas negras, com um aumento de apenas 2,4%. Na educação, enquanto a taxa de escolarização no Ensino Médio é de 66% para alunos negros, entre brancos chega a 75%. No ensino superior, a taxa de escolarização entre homens negros é de 12,6%, comparada a 24,5% entre brancos.

O relatório também aponta uma diminuição na extrema pobreza no Brasil, de 2,8% para 1,7%, mas frisa que a desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres permaneceu inalterada. Em 2023, o 1% mais rico do país tinha um rendimento médio mensal per capita 31,2 vezes maior que os 50% mais pobres, um aumento em relação ao ano anterior.

Mesmo sob o governo de Lula, eleito com uma agenda amplamente progressista e voltada para a redução das desigualdades, a realidade social do Brasil segue sem apresentar números satisfatórios em sua totalidade.

Fonte: Conexão Política

 

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