O Ministério das Relações Exteriores está preparado para uma possível missão de repatriação de brasileiros do Líbano, país quem vem sendo bombardeado por Israel, que tem como alvo o grupo xiita Hezbollah. No entanto, as baixas civis se avolumam. Nesta terça-feira (24), o Ministério da Saúde libanês atualizou para 558 o número de mortos – entre eles 35 crianças – e cerca de 1.700 feridos.
Uma fonte do Itamaraty confirmou ao Metrópoles que já há estudos, planejamentos e até mesmo uma estratégia pronta para retirar pessoas da área de conflito – tanto no Brasil quanto na embaixada brasileira no Líbano. No entanto, quem dá a palavra final sobre o assunto é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Lula ainda não se posicionou verbalmente sobre o conflito. Mas, em nota, o governo condenou, “nos mais fortes termos”, os bombardeios de Israel contra áreas civis no Líbano e expressou preocupação com a escalada da ofensiva ao território libanês, além de pedir que os lados envolvidos cessem as ofensivas.
Atualmente, cerca de 20 mil brasileiros vivem no Líbano e a diplomacia do Brasil já começou a entrar em contato com essas pessoas para saber quem de fato gostaria de deixar o país.
O posicionamento do Itamaraty corrobora as palavras do assessor especial da Presidência da República Celso Amorim, que nessa segunda-feira (23) condenou os ataques de Israel ao Líbano.
O ex-chanceler relembrou que foi ao Líbano em 2006, ano de outro sangrento conflito entre Israel e o Hezbollah, para fazer a evacuação de brasileiros.
“Em 2006 estivemos lá, eu fui até o Líbano naquela ocasião, mas deu muito trabalho inclusive evacuar os brasileiros. Tenho certeza de que Itamaraty já está planejando alguma coisa nesse sentido. Tenho certeza mesmo, porque já ouvi eles dizerem”, afirmou Amorim.
Fonte: Metrópoles