O Ministério das Relações Exteriores lamentou, nesta segunda-feira (29), a morte do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães Neto. Em nota, o Itamaraty classifica Pinheiro como “um dos mais destacados diplomatas de sua geração”. Pinheiro morreu nesta segunda-feira, em Brasília, aos 84 anos.
Secretário-geral do Itamaraty nos dois primeiros mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Pinheiro também foi ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos em 2009 e 2010. Entre 2011 e 2012, atuou como alto representante-geral do Mercosul.
“Sempre destacou-se pela independência e pela firmeza na defesa das suas posições em matéria de desenvolvimento e inserção internacional do Brasil”, diz o Itamaraty, que também ressalta a participação do diplomata na formulação do projeto do Mercosul.
“Como diplomata e intelectual, construiu uma ampla reflexão sobre o desenvolvimento e a inserção internacional do Brasil. Destacou-se na formulação de políticas de integração regional, em especial do projeto do Mercosul, e na defesa da importância estratégica da relação com a Argentina”, diz a nota.
Nascido no Rio de Janeiro, em 1939, ele se formou em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil (atual UFRJ) em 1963, ano em que ingressou no Itamaraty. Também concluiu mestrado em Economia na Universidade de Boston, cidade onde foi cônsul.
Chefiou o Departamento Econômico do Itamaraty e a direção do Instituto de Pesquisas em Relações Internacionais (IPRI). Também foi vice-presidente da Embrafilme.
“O ministro Mauro Vieira, em nome do Itamaraty, expressa à família e aos muitos amigos e amigas do embaixador Samuel as mais sentidas condolências”, completa a nota.
Pinheiro Guimarães também é autor dos livros de ensaio “Quinhentos Anos de Periferia” e “Desafios Brasileiros na Era dos Gigantes” — que, em 2006, lhe valeu o prêmio Juca Pato, de Intelectual do Ano, pela União Brasileira de Escritores.
Fonte: Valor Econômico
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
