Confira o editorial da edição deste fim de semana do jornal Correio de Sergipe:
Sergipe vem perdendo importantes receitas, que podem comprometer ainda mais a saúde financeira do estado, e o que mais chama atenção é a inércia de governantes e demais políticos, que parecem ter assistido passionalmente a esse desmonte. Mais um episódio dessa história se concretizou nessa semana, com a conclusão do processo de hibernação do Terminal Aquaviário de Aracaju, o Tecarmo. Sem dúvidas, uma inconteste prova da falta de grandes líderes políticos em Sergipe na atualidade. Mais que isso: prova da falta de união em prol do benefício de Sergipe. Nesse caso, perder sem lutar é um crime contra o povo.
Sabemos que política é feita de ideias, partidos, oposição, situação. Porém, o objetivo único tem que ser as ações em benefício da população. Há questões e momentos em que as diferenças devem ser deixadas de lado pelo bem comum. Caso contrário, o povo sai perdendo, como vem acontecendo. Precisamos saber o que a bancada sergipana no Congresso fez ou pretende fazer para tentar reverter essa situação. O governador Belivaldo Chagas já se pronunciou sobre o assunto. Disse, nessa sexta-feira (14), que vem conversando com o governo federal sobre a questão da hibernação de mais essa unidade da Petrobras em Sergipe. Não podemos deixar de citar que o Tecarmo fica em Aracaju, o que também coloca a questão nos braços do prefeito Edvaldo Nogueira. Será que não é o caso de todos esses agentes sentarem para somar esforços?
Podemos relembrar um capítulo recente da nossa história, quando o então governador do Estado, João Alves Filho, conseguiu parar o Congresso por recursos para a conclusão da ponte Construtor João Alves, que liga Aracaju a Barra dos Coqueiros, época em que o presidente do Brasil era Lula da Silva. Aliás, não foram poucas as vezes em que João Alves foi a Brasília – ou onde quer que fosse preciso – para resolver questões do Estado, que muitas vezes estavam emperradas. Outrora, dizia-se que Sergipe era um estado rico, porque tinha políticos que lutavam por ele. Infelizmente, isso parece ter ficado no passado. Nunca é tarde para reagir. Diz o ditado popular que “a união faz a força”. Fica a reflexão.