O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse, nessa terça-feira (5), que pretende ir à Europa articular sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no continente. O magistrado foi incluído na Lei Magnitsky, nos Estados Unidos.
Em entrevista ao portal de notícias Metrópoles, o congressista afirmou ter sido convidado pelo deputado polonês Dominik Tarczyński para um encontro no Parlamento Europeu.
Para viajar à Europa, Eduardo disse que “está tomando cuidado” em relação a uma possível reação do ministro do Supremo. “Nós sabemos como funciona a cabeça maluca dele [Moraes]. Preciso antes garantir minha segurança”, declarou.
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse temer que seja incluído na Lista Vermelha da Interpol, assim como a deputada Carla Zambelli (PL-SP), caso deixe os Estados Unidos, onde mora com a família.
Eduardo Bolsonaro declarou que não está certo, mas que poderia tentar um encontro com Zambelli. A congressista está presa em regime fechado no presídio feminino de Rebibbia, nos arredores de Roma (Itália).
Ele pretende fazer uma interlocução com o campo conservador europeu para evitar uma possível extradição da deputada para o Brasil. “Gostaria de um encontro com a primeira-ministra Giorgia Meloni. A prisão de Zambelli não condiz com a cultura democrática da Itália”, disse.
A deputada foi condenada por unanimidade pelo STF em maio deste ano a 10 anos de prisão por participação no ataque hacker ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Lei Magnitsky contra mulher de Moraes
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, nessa terça-feira (5), que o governo dos Estados Unidos considera incluir a mulher do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Viviane Barci, na Lei Magnitsky, assim como o marido.
Em entrevista ao Metrópoles, o congressista, que diz ser um frequentador da Casa Branca e do Congresso norte-americano, declarou que o governo de Donald Trump (Republicano) considera Viviane como o “braço financeiro” do ministro.
“Viviane seria uma válvula de escape para uma saída honrosa do Alexandre de Moraes, mas como ele opta por dobrar a aposta, sendo assim um risco muito alto de que ela também venha a tomar essas sanções OFEC, porque ela é entendida como o braço financeiro do Alexandre de Moraes”, disse.
Viviane comanda o escritório de advocacia Barci de Moraes, o que justificaria a suspeição do governo norte-americano sobre a renda do casal.
O deputado, que reside nos Estados Unidos, também seguiu a orientação de seus colegas de oposição e voltou a pedir o impeachment do ministro, sob a alegação de que estaria perseguindo seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao decretar a prisão domiciliar.
Fonte: Poder360