Eduardo Cassini se diz ameaçado e deixa Sergipe

O candidato derrotado para o governo de Sergipe, Eduardo Cassini, filiado ao partido de Jair Bolsonaro (PSL), declarou na última quinta-feira (11), apoio ao presidenciável Fernando Haddad (PT) e a Belivaldo Chagas (PSD), candidato à reeleição, no segundo turno das eleições. O peesselista informou que tem recebido telefonemas com ameaças de morte a ele e à sua família desde que fez a escolha. Por conta disso, ele deixou o Estado.

O apoio foi dado publicamente em um ato na sede estadual do PT em Sergipe, no qual ele informou que estaria ao lado de Belivaldo Chagas, que está no segundo turno contra Valadares Filho (PSB).“Nós estamos dando apoio à causa e vamos também trabalhar para Haddad”, disse Cassini, em um sucinto discurso.

Em nota a imprensa, Cassini diz que, mesmo estando em lados ideológicos opostos, foi acolhido e respeitado pelo PT, o que o fez rememorar que jamais sofreu nenhum tipo de agressão enquanto candidato ao governo por parte dos petistas.

“Afirmo que sou fiel aos meus valores e a tudo que expus durante a minha campanha, aos meus projetos e à minha história. Se decidi apoiar os candidatos apoiados pelo PT é em razão da compreensão de que o projeto atual deles não conflitava com o meu projeto de Brasil, mesmo havendo discordância em alguns pontos. Entretanto, vi que numa democracia essas discordâncias são debatidas, compreendidas e resolvidas de forma política, não em forma de violência. Passei a receber ofensas, xingamentos, ódio, culminando com diversas ameaças contra mim e contra minha família”, disse.

A AJN1 procurou o  vice-presidente estadual do PSL, José Edgnaldo Junior, para falar sobre o posicionamento de Cassini, mas até o fechamento desta matéria, ele não retornou aos chamados. Mas a informação extraoficial é de que o diretório estadual pediu a expulsão de Cassini.

O caso está sendo investigado na Delegacia de Repressão a Crime Cibernéticos, pela delegada Rosana Freitas.