ARACAJU/SE, 25 de outubro de 2024 , 11:37:39

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Em seu último dia no Ministério da Justiça, Dino nega interferência política na Polícia Federal

 

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que tem “repulsa” à ideia de interferência na autonomia da Polícia Federal (PF) e disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou integrantes do governo nunca pediram nada envolvendo a atuação do órgão.

“Eu afirmo que nesses 13 meses o presidente da República não me pediu nada, nem para investigar ou deixar de investigar. Ninguém se dirigiu a mim para pedir qualquer coisa. Nunca houve interferência na PF. Tenho repulsa à ideia de uso político das polícias e isso nunca aconteceu”, disse o ministro.

Dino deu a declaração nesta quarta-feira (31) durante o evento de apresentação dos resultados de sua gestão, realizado no Palácio do Planalto. Ele deixa o cargo amanhã (1º) e toma posse como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) em 22 de fevereiro. Em seu lugar, assumirá o ministro aposentado da Corte Ricardo Lewandowski.

Respondendo a questionamento de jornalistas, Dino rebateu acusações de políticos da oposição sobre as investigações em andamento e disse que a PF “não inventa” as apurações. Segundo ele, o órgão parou com a “espetacularização” das operações e se tornou o que chama de “polícia profissional”.

“Na verdade, o que me parece é que indevidamente há pessoas que querem uma espécie de imunidade de jurisdição. No Brasil, nenhuma pessoa tem imunidade de jurisdição. Então, esse é um princípio republicano e a Polícia Federal não pode ser acusada porque ela não inventa investigação”, declarou.

Ele também comentou as operações relacionadas à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o monitoramento ilegal por meio de um software espião. Dino afirmou que as evidências sobre irregularidades surgiram há três anos pela mídia e que a PF não poderia evitar uma investigação do caso diante de um inquérito e uma denúncia.

Na última segunda-feira (29), o órgão realizou buscas contra o vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em seus endereços no Rio de Janeiro. A suspeita é que Carlos teria participado do “núcleo político” que monitorava ilegalmente rivais do ex-presidente.

Fonte: Poder360

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