Da redação, AJN1
Aracaju tem sete candidatos a prefeito nas eleições que acontecem no próximo dia 2 de outubro. O eleitor menos atento mantém uma linha de pensamento lógica: "Se são candidatos por Aracaju, logo todos são aracajuanos, certo?" Errado! Entre os postulantes, apenas dois, João Alves Filho (DEM) e Valadares Filho (PSB), nasceram na capital. É o que informa o perfil dos candidatos no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/SE).
Os demais nasceram em outros estados ou no interior do Estado, mas adotaram a terra dos cajus e papagaios para viver e construir família, a exemplo do dr. Emerson Ferreira da Costa (Rede), que é natural de Traipu/AL; Edvaldo Nogueira Filho (PCdoB), de Pão de Açúcar/AL; Sonia Meire (PSOL), de São Paulo/SP; João Tarantella (PMN), de Itabaiana/SE; e Vera Lúcia (PSTU) de Inajá/PE.
Opiniões divididas
Nas ruas, o eleitorado divide opiniões. “Sério? Jurava que Edvaldo era daqui. Na minha concepção, não gosto de votar em quem não nasceu em Aracaju. Penso que não conhece muito a cidade”, colocou Maria, de 46 anos, dona de casa do bairro Palestina, zona Norte de Aracaju.
O estudante Sávio Pereira, 21, pensa ao contrário. “São cinco que não são daqui. Mas o que importa é que eles adotaram a cidade e vivem nela com suas famílias. Não vejo problema, desde que haja compromisso com o povo”.
O operário Juca Oliveira, 38, também não se sente a vontade em votar no candidato que não seja filho da terra. “Isso aí é questão de gosto. Eu, por exemplo, ao descobrir a naturalidade de alguns, vou pensar duas vezes antes de dar meu voto”, revelou.
A estudante Olívia Barreto, 19, também é da corrente dos “sem problema”. Para ela, origem de nascimento não significa nada. “Absolutamente. O que conta, nessas, horas, é a vontade de trabalhar pela cidade”.
