Finalizando o terceiro ano de mandato, o governador Fábio Mitidieri faz um balanço bastante positivo de sua gestão e projeta um 2026 com ainda mais realizações. Ele destaca a entrega do Hospital do Câncer de Sergipe, a instalação de leitos de UTI no interior do estado, avanços no combate à pobreza e na geração de empregos, dentre outros. Fábio destaca que o estado possui atualmente R$ 700 milhões em obras rodoviárias em execução. Entre os projetos citados estão a Rota do Leite, no Sertão, e a construção da nova ponte que ligará Aracaju à Barra dos Coqueiros, que está em processo de licitação. O governador também destaca o Complexo Viário Maria do Carmo, que tem conclusão total prevista para 2027. Com a aprovação na Assembleia Legislativa, a Universidade Estadual tem previsão de que em 2026 seja realizado o primeiro vestibular e o concurso público para docentes. Falando em desafios para o próximo ano, o governador diz que o maior desafio administrativo é manter o equilíbrio fiscal enquanto continua ampliando investimentos e políticas sociais. Já no campo político, o desafio é preservar a unidade em torno do projeto de desenvolvimento, mantendo Sergipe acima de qualquer disputa. Confira a entrevista a seguir:
Governador, o senhor tem afirmado que faz o governo do emprego. Qual é o balanço geral que o senhor faz da gestão até agora?
Fábio Mitidieri – Faço um balanço positivo, com responsabilidade e realismo. Colocamos Sergipe em rota de crescimento econômico, com geração recorde de empregos formais, fortalecimento de políticas sociais e investimentos históricos em saúde. Entregamos obras históricas na saúde como o Hospital do Câncer, com um investimento de mais de R$ 170 milhões, e a implantação de leitos de UTI no sertão, além da renovação de frota do Samu e do concurso na área. Isso só foi possível graças ao equilíbrio fiscal e à capacidade de planejamento que conquistaram para o estado a nota A em capacidade de pagamento.
Em quais áreas Sergipe mais avançou?
Fábio – Avançamos fortemente em emprego e renda, saúde, educação, combate à desigualdade e segurança alimentar. Somos destaque nacional na redução da pobreza e no aumento de renda. Temos desafios na segurança hídrica e infraestrutura de longo prazo e em políticas de combate à violência contra a mulher. É inaceitável acompanharmos a morte de mulheres pela falta de consciência, de educação dos homens. É uma mudança comportamental urgente.
Como está hoje a relação institucional do Governo com os demais Poderes?
Fábio – Construímos uma relação madura, respeitosa e baseada no diálogo permanente com Assembleia Legislativa, Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas. Essa convergência institucional foi fundamental para aprovar reformas, garantir estabilidade e avançar em políticas públicas.
O que foi decisivo para atrair investimentos e estimular a economia sergipana?
Fábio – Organizamos as contas públicas, asseguramos previsibilidade, ampliamos investimentos em infraestrutura e criamos ambiente favorável aos negócios. Com estabilidade fiscal, captação de recursos e apoio aos setores produtivos, geramos mais empregos, renda e confiança no futuro do estado.
Governador, o país vive um cenário econômico desafiador, e Sergipe tem apresentado indicadores positivos na geração de empregos. Como garantir que esse crescimento continue chegando aos municípios ?
Fábio – Sergipe já atingiu 360 mil trabalhadores com vínculo formal, um resultado que coloca o estado em destaque no cenário nacional, entre os cinco com maior crescimento do país e em terceiro lugar no Nordeste na variação relativa do estoque de empregos.
Esse avanço é fruto de escolhas responsáveis: organizamos as contas do Estado e de diálogo com quem quer investir e gerar empregos aqui. É esse caminho que nos permite seguir avançando com obras, atração de empresas e fortalecimento da economia local, garantindo emprego perto de casa, mais renda e mais dignidade para as famílias sergipanas.
Quais são os principais desafios para esta fase final do governo?
Fábio – O maior desafio administrativo é manter o equilíbrio fiscal enquanto continuamos ampliando investimentos e políticas sociais. No campo político, é preservar a unidade em torno do projeto de desenvolvimento, mantendo Sergipe acima de qualquer disputa.
O senhor acabou de assinar autorização para projeto de nova maternidade. Quais avanços foram realizados na saúde?
Fábio – A construção da nova Nossa Senhora de Lourdes representa o fortalecimento da rede materna do SUS. Teremos uma maternidade moderna, acolhedora e humanizada para atender grávidas e puérperas. Serão 234 leitos, incluindo UTI materno e neonatal, 48% a mais que a atual, que tem 158 leitos. Este ano, também entregamos o Hospital do Câncer, renovamos a frota de ambulâncias do Samu, entregamos duas ressonâncias, hemodinâmica, realizamos concurso para 900 vagas entre outras conquistas na área.
Nossa meta é seguir consolidando a modernização da rede, ampliar acesso e fortalecer os serviços especializados, diminuindo filas e aproximando o atendimento das pessoas. Na segurança, seguiremos reforçando efetivo, tecnologia e inteligência, associado a políticas sociais, educação e oportunidades.
Governador, a proposta de criação da Universidade Estadual de Sergipe prevê que 80% das vagas sejam destinadas a estudantes da rede pública. Qual o objetivo dessa medida e que impacto ela deve gerar no futuro do estado?
Fábio – A Universidade Estadual de Sergipe nasce com um compromisso muito claro: democratizar o acesso ao ensino superior e garantir oportunidades reais para quem mais precisa. Destinar 80% das vagas para estudantes da rede pública significa corrigir desigualdades históricas, reconhecer o esforço desses jovens e permitir que o talento não seja limitado.
Como Sergipe tem garantido equilíbrio financeiro sem abrir mão das políticas sociais?
Fábio – Escolhemos governar com responsabilidade. Mantivemos nota A em capacidade de pagamento, criamos regra fiscal própria e preservamos capacidade de investimento. Ao mesmo tempo, fortalecemos programas sociais e combatemos a fome, provando que responsabilidade fiscal e inclusão social caminham juntas.
Quais projetos estruturantes o senhor considera prioridade absoluta até o fim do mandato?
Fábio – Temos um conjunto de obras e políticas estratégicas que representam legado de longo prazo: infraestrutura viária e urbana, segurança hídrica, saúde estruturante, ampliação da educação em tempo integral e consolidação de projetos como a universidade estadual. Nossa meta é deixar essas entregas contratadas, avançadas ou concluídas.

