Da redação, AJN1
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, informou ao governador Belivaldo Chagas que a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), situada em Laranjeiras, está em processo licitatório para arrendamento, o que evitará o seu fechamento. A mesma medida foi adotada para a Fafen-BA. A reunião aconteceu na sede da estatal, no Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira (22).
Belivaldo Chagas foi determinado a reverter a situação da hibernação, e contou ao presidente da petrolífera que é estratégico manter a Fafen em operação, não só pela dependência nacional de fertilizantes, mas pela manutenção de empregos, da cadeia produtiva e da arrecadação de ICMS para o Estado.
Arredio, Roberto Castello Branco foi categórico ao afirmar que a Fafen é estruturalmente inviável, devido ao preço elevado do gás. De acordo com ele, a Unidade registra um prejuízo anual de R$ 250 milhões. Em hibernação, esse valor seria de R$ 10 milhões mensais.
O mandatário explicou ainda, para paralisia do governador, que a decisão inicial da Petrobras era vender, entretanto, não foi encontrado comprador. O que há de concreto, por enquanto, é o interesse de três empresas para o arrendamento. Para facilitar o negócio, Castello Branco sugeriu que o governo de Sergipe contribua, tornando a empreitada mais atrativa.
O governador saiu do gabinete do presidente satisfeito, mesmo não sendo ele o detentor da ideia do arrendamento, isso porque a Petrobras já havia nutrido a iniciativa, que começou, primeiramente, na Bahia e agora será replicada por aqui. Mas o esforço é válido.
“O governo fará o que for preciso para evitar o fechamento da Fafen. Temos uma cadeira produtiva na região que gera emprego, renda e impostos. São mais de cinco mil empregos indiretos! Além disso, o fechamento da Unidade tornará o Brasil totalmente dependente da importação de fertilizantes”, disse Belivaldo.
No próximo dia 9, Belivaldo estará com o governador da Bahia, Rui Costa, discutindo o tema no Ministério de Minas e Energias.
Também estiveram presente à reunião, o secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Márcio Felix, o senador por Sergipe, Alessandro Vieira, o deputado federal Laércio Oliveira, o deputado estadual José Sobral, o ex-governador Albano Franco e os secretários de estado José Augusto (Desenvolvimento Econômico) e José Sales Neto (Comunicação).