ARACAJU/SE, 27 de outubro de 2024 , 13:26:20

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Pagamento do servidor pode sofrer atraso em agosto

 


Da redação, AJN1

“Não há dinheiro em caixa e as arrecadações vêm caindo mês a mês”. A afirmação categórica é do governo do Estado e vem sendo sucessivamente repetida, como que um slogan, há mais de três anos, em resposta aos constantes atrasos salariais ou a qualquer sindicato que se atreva a fazer greve ou inicie campanhas por reajuste.

Mas o que estava ruim pode ficar pior. Nesta quinta-feira (20), uma fonte ligada ao Governo, que não quis se identificar, ouviu do governador em exercício, Belivaldo Chagas (PMDB), em uma dessas conversas informais, que “O Estado passa por muitas dificuldades financeiras” e que “Não sabe como vai fechar a folha de pagamento referente a julho”, implicando num “vertiginoso atraso” nunca visto antes, isto é, a folha, pode ser paga no final de agosto e não mais no dia 11. E olhe que o Estado finaliza a folha referente ao mês de junho somente amanhã (21), quando paga a segunda parcela aos aposentados e pensionistas.

A AJN1 procurou a assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) para comentar as supostas declarações do governador. De acordo com o assessor da Sefaz, Elber Andrade, procede a informação de que o Governo não tem dinheiro em caixa e que ainda é prematuro afirmar que haverá um grande atraso no pagamento em agosto.

“Sobre a fala do governador de que vai pagar no final de agosto, não tive conhecimento, mas a dificuldade está posta, é precipitado dizer que pode acontecer. O que se pode dizer é que esses meses de junho, julho e agosto são os meses mais difíceis de arrecadação e que prejudicam ainda mais o cumprimento das obrigações. Dizer que vai pagar no final de agosto e que vai parcelar em 10 vezes é especulação”, esclarece Elber.

“Não haverá reajuste”

Elber reafirmou ainda que o Estado não tem condições financeiras, neste momento, de conceder reajuste salarial aos servidores, os quais prometem entrar em greve geral no início do mês de agosto. Segundo ele, haverá queda de R$70 milhões na arrecadação ao final do mês de julho, o que dificultará e anulará qualquer possibilidade de aumento.

“Esse mês de julho a estimativa é que haja uma queda nas receitas, como um todo, em torno de R$70 milhões. Só essa parcela do FPE que vai entrar hoje na conta do Estado vem com R$5 milhões a menos. O Governo não tem dinheiro em caixa. O Estado não tem conseguido efetuar o pagamento dos servidores dentro do mês trabalhado, então, por lógica, também não vai conseguir a reposição salarial”, destacou.

 

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